sábado, 24 de dezembro de 2011

SEJA EMPREENDEDOR DENTRO DE SUA EMPRESA

Quando se fala em empreendedorismo, logo se associa à ação de criar uma empresa – o empreendedor como aquele que abre um negócio e precisa gerir sua firma e funcionários. Mas, ao conversar com o professor universitário Emanuel Leite, os conceitos sobre o tema passam por uma reformulação. Segundo ele, especialista no assunto, o empreender está mais ligado a ter um comportamento inovador do que ao fato de ser o responsável pela abertura de uma empresa. “A pergunta a ser feita é: qual o objetivo de se criar uma empresa? Se responder que é para ganhar dinheiro, o foco está errado. A resposta é para criar, manter e fidelizar uma clientela. Por isso que nem todo empresário é empreendedor. O empreendedorismo está ligado à inovação, mas não no sentido tecnológico, e sim comportamental. É preciso ser inovador”, afirma Emanuel Leite. E este espírito se leva para dentro de uma empresa, no exercício de colaborador mesmo. “Estes são os intraempreendedores, que não desejam sair da empresa na qual possuem contrato e querem contribuir”, explica. Para ser inovador, é preciso reunir espírito de liderança, capacidade de adaptação de ideias e constante atualização. “Para conseguir ser inovador, é necessário sair da zona de conforto, estar sempre inquieto em busca de novas ideias e, o principal, correr riscos calculados. Por isso, poucas pessoas mantêm este espírito, mas é isso que vai fazê-las se sobressair no ambiente profissional. Até porque a tendência para um futuro bem próximo, se bem que já existe no presente, é a extinção do emprego – do contrato com uma empresa – para a prevalência do trabalho – do exercício autônomo”, diz o professor universitário. Para quem deseja manter um espírito empreendedor, o professor Emanuel Leite enumera dez passos (ver quadro). “Todos podem e devem ser empreendedores. É preciso ser determinado porque o trabalho é contínuo e cultivar o que chamo de cinco ‘Ps’: paixão, paciência, prudência, perseverança e prática”. 10 PASSOS PARA UM ESPÍRITO EMPREENDEDOR 1 – Busca por oportunidades; 2 – Persistência; 3 – Correr riscos calculados; 4 – Exigência de qualidade; 5 – Comprometimento; 6 – Busca por informações; 7 – Estabelecimento de metas; 8 – Planejamento e monitoramento sistemático; 9 – Rede de contatos; 10 – Independência e autoconfiança. PARA SABER MAIS Livro - Empreendedorismo, Inovação e Incubação, de Emanuel Leite / - O Fenômeno do Empreendedorismo, de Emanuel Leite Site: http://emanueleite.blogspot.com/ Fonte: Folha de Pernambuco

domingo, 11 de dezembro de 2011

GOOGLE – A TRABALHAR COM ATIVOS DOS OUTROS

Ingenuidade e paixão é uma mistura potente. Combine essas duas características com poder e você tem uma força incrível, Capaz de provocar grandes mudanças para o bem ou mal. Todo empreendedor tem plena consciência que tem uma missão. Os criadores do Google afirmam que seu objetivo é mudar o mundo. “Ganhar dinheiro é apenas uma tecnologia para pagar isso”. Empreendedores brilhantes sempre estão no coração do sucesso de qualquer empresa. Questionam tudo acreditam sempre que a busca de oportunidades e iniciativa é a chave do desenvolvimento de qualquer negócio. Ao olharmos pelo retrovisor percebemos quantos empreendimentos sucumbiram quando o livro impresso substitui os pergaminhos, o telefone que destronou o telégrafo, o automóvel colocou fora de uso das carroças e os cavalos como meio de transportes, o avião que suplantou os navios, o computador superou as máquinas de escrever, os cheques de viagem perdendo terreno para os cartões internacionais. Todos esses produtos vencedores são frutos do conhecimento. O objetivo de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes para tanto os empreendedores precisam focalizar os clientes não apenas por idade, sexo, renda, profissão ou local onde moram, mas por preferências pessoais no que se referem a atividades de lazer, locais que gostam de visitar, preferências em produtos/serviços e notícias. É colocar-se – literalmente – no lugar dos clientes que vão usar seu produto ou serviço. Só assim é possível desenvolver aquilo que realmente interessa ao cliente e não à própria empresa. Os empreendedores acreditam que estão modelando um mundo novo e melhor ao usarem com responsabilidade o marketing e a inovação. Não querem fazer nada errado e nem causar prejuízo ao mundo ou às pessoas, mas sabem que é preciso inovar cada vez mais e isso nem sempre deixa todo mundo contente. Investido dessa convicção, os empreendedores têm de fato deixados muitos concorrentes para trás. A revolução da inovação é “um tsunami que, quando você está no oceano, não passa de uma onda grande quando atinge a costa é maior. Imensamente maior”. A inovação avança rapidamente e será amigável com as entrincheiradas empresas míopes. No final do século passado era incipiente a internet, DVSs, televisão por satélite, celulares, máquinas fotográficas digitais. iPods, Play Satsion ou blogs. A informação e o entretenimento foram rapidamente democratizados à medida que a inovação deu poder aos consumidores não apenas para garimpar qualquer notícia a partir de um motor de busca, mas para copiar e compartilhar essa informação. O exemplo da é elucidativo o Google começou como uma empresa de tecnologia e evoluíram para uma empresa de mídia, publicidade, e software, todas em uma só. Fornecer informação para as massas é a sua missão. O Google é uma feliz junção de cientistas e artistas que são vidrados em inovar, subverter a ordem normal de fazer as coisas. É a materialização do espírito empreendedor, da utopia dos que sonham com um mundo novo que leve a uma mudança transformadora fruto de uma cultura baseada e focada no cliente, pois as duas funções fundamentais de qualquer negócio são o marketing e a inovação. Que desafio atormenta um empreendedor como o Bill Gates? Ele teme de alguém em uma garagem esteja a criar algo totalmente novo. Ele não tem a mínima idéia de onde pode estar localizada a garagem – nem mesmo em qual país – e não poderá adivinhar a natureza dessa nova tecnologia. Sabe apenas que a inovação é, em geral, o inimigo das empresas estabelecidas. Empreender é afastar-se de sonhos teóricos e ter a noção de como as coisas funcionam na prática e como são os usuários. Esse é o paradoxo dos tecnólogos: com freqüência, adicionar funcionalidade implica aumentar a complexidade. Podemos substituir o sistema, mas podemos substituir o usuário. Faz-se necessário ter uma visão clara do negócio. Um ponto de vista focado no consumidor. É preciso desenvolver o espírito empreendedor nos indivíduos. O empreendedor precisa convencer os seus clientes a entender o seu modelo de negócio, as coisas não acontecem facilmente, mas na verdade é que basta fazer isso para que as pessoas se aproximem e percebam que estão apegadas a hábitos antigos que não são tão bons assim como é a nova proposta. O empreendedor sabe perfeitamente o que o seu cliente quer. O Google ao copiar pedaços e pegando do conteúdo de reportagens e conteúdo de livros e postando como se fosse dele estar a trabalhar com os ativos dos outros. Sem pagar nada. E o melhor negócio do mundo. Aprender com os erros é uma das maiores características do empreendedor, pois quando comete uma falha é um sinal de que estava a trabalhar com agilidade e fazendo muitas coisas. Ele tem a consciência que não pode é deslizar por estar a trabalhar com lentidão e perda de oportunidades Nos dias de hoje é as empresas micro, pequenas ágeis e com uma visão e missão específica podem dar certo. As grandes empresas é que estão passando por maus bocados. Elas são muito impacientes porque não conseguem explicar aos acionistas públicos como vão conseguir um retorno rápido ao investir em start-ups. Grandes empresas não inovam; elas funcionam. As estrelas desse século serão os empreendedores. “Muitas vezes errados, nunca em dúvida” São pessoas interessantes que desenvolvem trabalhos incríveis, tudo na internet. Trata-se de um novo mundo, com uma nova mídia e um novo comportamento do usuário. Para conquistar esse público, é preciso entender a maneira como eles reagem. Os usuários não apenas acessam, recebem informações ou se divertindo. Ele estar interagindo – a palavra interagir como uma nova métrica, ao contrário de ficar assistindo. Podemos denominar isso de estado ativo, em oposição ao estado passivo Esse público se interessa por diferentes formas de contar uma história. O sucesso que qualquer negócio na internet tem permitir que o usuário seja capaz de acessar o conteúdo em qualquer dispositivo, aprender procurando por informações na internet, jogar videogames, conectar-se a redes sociais e de mensagens instantâneas, fazer micro transações envolvendo dinheiro na internet e criar conteúdo gerado pelo próprio usuário. “Conteúdo é como o consumidor escolhe passar o seu tempo”. Uma vez que você alcança certo tamanho, precisa descobrir novas maneiras de crescer, então começa a investir em outras linhas de negócios. E quando você faz isso, meio que desperta aqueles que estão sendo incômodos que passam a tentar barrar a sua entrada nesses novos negócios. É difícil ter uma visão mais ampla quando se está muito focado. Quando uma empresa cresce rapidamente. Seu ambiente se altera bastante. As prioridades passam a depender do que cai bem internamente, e, aos poucos. O empreendedor se afasta dos clientes. Crescer demais e perder o foco deve ser de longe a maior preocupação. O objetivo de qualquer negócio é satisfação do cliente. É preciso ter uma visão coesa e focada sobre a empresa. Não se pode correr o risco de querer fazer tudo e ser tudo, para todo o mundo. É preciso preocupar-se com a simplicidade. Empreender é viver a fantástica, porém dolorosa experiência de fracassar e dar a volta por cima. A sabedoria do fracasso proporciona um enriquecedor aprendizado. O Google montou seu modelo de negócio trabalhando com o conteúdo dos outros a um custo zero. É a única empresa que sua matéria prima é os ativos dos outros. O mundo dos negócios vem mudando muito rapidamente. Os serviços de mídia que não existiam há uma geração, tais como celular, banda larga, TV digital, TV por satélite e iTunes, entre outro O público que era fiel à televisão aberta mudou para TV a cabo, para o vídeo sob demanda, para os DVSs, para o YouTube, para Facebook, etc. A informação precisa ser livre. As empresas podem ser divididas em duas grandes categorias: as poucas que criam ondas e as muitas que aproveitam para embarcar na onda – ou se afogam. As empresas de elite que criam as ondas são raras, os surfistas são comuns. Uma empresa pode ser bem-sucedida, como a Cisco, a Dell, a Oracle, embora isso não altere fundamentalmente o comportamento do consumidor ou das outras empresas. A proposta da Dell de produzir computadores com a maior eficiência possível era original, não revolucionária; afina, ela mudou o mundo como os consumidores se comportam. Steve Jobs e a Apple são criadores de ondas. Já Dell tentou surfar nas ondas. A onda da Apple começou com o Apple II, que lançou a era do PC em 1997. Em 1984 veio o Macintosh, com sua inovadora interface gráfica, Depois, surgiu o estúdio Pixar, que transformou o cinema de animação, e, por fim, o iPod, o iTunes e iPhone. É seguro dizer que a Intel e a HP criaram ondas, bem como a Amazon. Existem aqueles que dizem que a Microsoft não se qualifica porque ela surfou as ondas que os outros inventaram, mas é inegável que o sucesso que ela há três décadas mudou a computação. É muito cedo para saber se o Facebook, o YouTube, o Twitter ou a Wikipédia vão ter impacto duradouro. O Google é criador de ondas. Ele eliminou as barreiras para encontrar a informação e o conhecimento. A onda Google quebrou em cima de indústrias inteiras: de publicidade, jornalismo, edição de livros, telefonia, cinema, software e fabricantes de equipamentos. Seu poder é medido pelas empresas que a temem e pelo público que a adora. “A atual geração de empreendedores vem crescendo no mundo on-lne, acreditando que tudo o que digital é grátis. Podemos pensar na internet como uma máquina copiadora que produz informações gratuitas? Como um empreendedor faz para ganhar dinheiro vendendo cópias gratuitas? Quando a cópias são gratuitas, o empreendedor precisa vender coisas que não podem ser copiadas. A primeira delas é a confiança, que não é duplicável. Confiança precisa ser conquistada ao longo do tempo”. O empreendedor digital acredita que a internet pode transformar vidas, sociedades e economias positivamente tendo sempre em mente a responsabilidade social corporativa. Sempre a experimentar, correr riscos e inovar tendo como pano de fundo uma visão de negócio onde social esteja presente. Em 1989 não existia a internet e a IBM era a número um do negócio de informática. O objetivo das empresas do ramo era tentar superar a IBM. Passaram-se décadas a televisão virou um dinossauro. Assistimos o surgimento e desaparecimento de empresas. A Netscape é um exemplo. As ondas de destruição criativa renovam rapidamente o tecido econômico. Muitos empreendedores ao ver o Youtube se perguntam como não previ o Youtube? E a CNN? A ESPN? Como é possível que a IBM tenha cedido o sistema operacional desenvolvido para Microsoft que qualquer PC utilizar? O mundo está a caminhar rumo às vendas diretas – sem intermediários, sem lojas? A internet democratiza o conhecimento – empreendedorismo + conhecimento = criação de riquezas – permitindo a todo o acesso às lojas virtuais, jornais, revistas ou livros de qualquer parte do mundo.

domingo, 23 de outubro de 2011

EMPREENDEDOR X EMPRESÁRIO

O ponto em que o empreendedor se diferencia do é que o empreendedor é o pioneiro ou o criador de empresa; aquele que tem o mérito de iniciar um empreendimento empresarial, de lançar-se ao mercado com o objetivo de explorar novas oportunidades de negócios. O empreendedor e o empresário são duas figuras que se completam e se diferenciam das demais pelo fato de terem optado por um tipo de atividade com valores bem determinados, no caso dos negócios. O empresário "cresce" mais do que o empreendedor, o pioneiro, o criador da empresa. Começa aqui a surgir o empresário, iniciando, ou continuando a sua trajetória, distanciando-se do empreendedor pelo fato deste continuar insistindo em permanecer agarrado ao pequeno negócio ou mesmo em não querer desenvolver-se como pessoa ou como homem de negócios. O empreendedor é um homem de muita iniciativa, dotado de uma personalidade agressiva, um eterno farejador de oportunidades, sobretudo, aquelas ligadas ao seu interesse e motivações. Um dos fatores de sucesso do empreendedor é lançar-se naquilo que ele gosta de fazer. O empreendedor é um criador de negócios e muito trabalhador, não só porque faz aquilo que gosta, mas também, porque a quase totalidade dos seus empreendimentos gira em torno dele. Ele faz e gosta de fazer tudo sozinho. O seu sentimento de propriedade é muito acentuado. A empresa é a sua própria pessoa. Geralmente, é um indivíduo com muitas idéias, adora o risco e, normalmente, é possuidor de capacidade de iniciativa para se lançar em novos negócios, assumir riscos, costuma encantar este tipo de pessoas, apesar de muitos empreendedores se limitarem a tocar seus pequenos negócios, que estão dando certo. Há uma complexidade de fatores responsáveis pelo surgimento de empreendedores e criadores de empresas. O envolvimento dos empreendedores com a empresa é tão grande que se torna difícil - e até impossível dissociar os "objetivos" da empresa dos pessoais, e a complexidade de motivação para os negócios aumenta de tal forma que fica difícil saber quais as verdadeiras razões pelas quais um indivíduo, ou grupo de indivíduos, criou um negócio. Esta complexidade aumenta quando as razões de existência do negócio se alojam, muitas vezes, nas profundezas do inconsciente do empreendedor. O empreendedor (pioneiro, criador de novos negócios) começa a ter o seu papel sufocado quando sua obra empresarial (empresa ou grupo de empresas) cresce acima de suas possibilidades e ele não teve a iniciativa ou condições de dotar seus empreendimentos de uma estrutura organizacional e gerencial de ter o seu talento criativo e de realização ampliado e, acima de tudo, de ver sua obra consolidada e bem sucedida ao longo de sua vida, principalmente depois de sua morte. O empresário é, também, um criador de empresas, apesar disso, é mais raro o empreendedor ser um empresário. A não ser quando ele, o empreendedor, consegue romper suas limitações de meio fazedor de negócios; o empresário tem, portanto característica de pioneiro, de empreendedor, apesar de haveres bem-sucedidos empresários que não criaram empresas, residindo seus méritos em administrar com competência a obra herdada por seus antepassados. O empresário, entretanto tem outras características, usualmente não existentes no proprietário-empreendedor. Uma delas é que ele (o empresário) "cresce" tanto no plano individual (como pessoa, como indivíduo, como ser humano), quanto no empresarial, cumprindo obrigações ao nível de nobre missão empresarial, investindo e realizando projetos, criando riqueza, dando empregos, contribuindo para o desenvolvimento do país no qual ele opera e lucra. Assim, o empresário situa-se num plano superior ao do empreendedor, devido ao seu corre-corre no dia-a-dia, tem dificuldade de evoluir, desenvolver as tarefas mais relevantes, apesar de não ser a rotina de empresa a causa principal de sua não evolução. O indivíduo torna-se empresário quando consegue superar hábitos de empreendedor, de meio criador e tocador de novos negócios e passa a se envolver com tarefas de grande magnitude, mais ligadas à sociedade global. Diga-se de passagem: o ambiente externo é o verdadeiro local de trabalho de empresário. Quanto mais fica desligado da operação da empresa, mais ele justifica seu papel de empresário. A operação é de responsabilidade dos executivos. O fato de a empresa ser conduzida pelo empreendedor ou pelo empresário tem marcantes reflexos na forma de geri-las. Quanto mais o empreendedor não evolui para a categoria de empresário, ou seja, continua encolhido na sua condição de empreendedor, ele tem uma tendência de querer que seus executivos trabalhem mais para "ele" do que para a empresa. No entanto, à medida que vai evoluindo para a condição de empresário, a organização vai-se estruturando e tornando-se mais impessoal. Assim, os executivos trabalham mais para a empresa do que o "dono" da empresa. À medida que a empresa se vai profissionalizando, libertando-se da presença do "dono" (como acontece, de forma acintosa, nas empresas familiares). Um empreendedor é sempre um empresário em potencial ele possui características que o situam como um dos principais agentes do sistema econômico que valoriza a iniciativa privada. Um empreendedor é aquele indivíduo que assume um papel ativo do agente econômico. Toma a iniciativa, assume risco e dá partida no seu projeto: o empreendimento. Um empreendedor é igualmente, um indivíduo que trabalha bem acima de média e se gratifica muito com os resultados positivos, sejam materiais ou subjetivos, de sua obra. Poderia ser comparado a um artista plástico ou a um compositor que, possuindo condições especiais de ordem psicológica ou até genética e com senso de oportunidade acima da média, se move na direção de preencher ou de criar novas oportunidades. Um empresário é um empreendedor em outra escala e com diferentes desafios e perspectivas. Eu diria que todo empresário é, necessariamente um empreendedor, mas nem todo empreendedor é, necessariamente um empresário. Vejam o motivo: um empresário possuir as características fundamentais do empreendedor e, além disso, uma visão mais ampla de suas responsabilidades sociais. Ele se diferencia também do empreendedor na sua forma de administrar um negócio. A um empreendedor é permitido um maior espaço para improvisar e administrar de maneira não ortodoxa. Um empresário, por outro lado, precisa ter uma visão mais ampla, no espaço e no tempo. No espaço, atendendo às suas obrigações para com a sociedade em geral e para com o país. Necessita olhar o seu empreendimento (a empresa) como uma instituição que transcende necessariamente a sua própria figura e se insere num contexto de permanente contribuição para a riqueza de seus funcionários, seus acionistas e o próprio país. Existe uma diferença entre empreendedor e empresário. A atitude do empreendedor no ato pioneiro, quase intuitivo, de lançar-se a algum empreendimento nem sempre significa que ele tenha as características exigidas hoje, do moderno empresário, pois se resumem numa extraordinária capacidade de tratar, de levar ao mercado um produto de qualidade e custos satisfatórios. Então, nem todo empreendedor tem, necessariamente, características de empresário. Mas, o empresário, para ter sucesso, precisa de uma cota de empreendedor para garantir a sobrevivência plena de sua empresa. "A diferença entre o empreendedor e o empresário, é que o empreendedor, como a própria palavra o diz, é aquele que empreende alguma coisa, que inicia e tem, inclusive, essa ambição de empreender muito mais como o administrador de alguma coisa que existe de uma empresa. Quer dizer: ele é muito mais um administrador no sentido de manter a vida de um ou mais empreendimentos de forma permanente. É aquele capaz de montar uma estrutura dentro de um planejamento ou de uma empresa e a transforma numa coisa permanente. O empreendedor pode ser aquele que faz o projeto, e, terminado, já não tem as mesmas condições de administrar aquele empreendimento: enquanto o empresário, como a palavra o diz, é um homem que, no fundo, administra, gerencia uma empresa e faz com que ela progrida. Essa é a diferença básica entre o empreendedor e o empresário. E quando você pede para estabelecer as fronteiras de atuação, podemos dizer exatamente isto: o que faz o negócio novo, o que se dedica a construir, a realizar alguma coisa, seja uma máquina, um produto, uma invenção, ou outro tipo de projeto que ele empreende. Mas o empresário é aquele que chega após o empreendimento existir, administra e faz com que esse empreendimento prospere. "O empresário é alguém que zela mais pela instituição do que pelo objetivo do trabalho: tem a visão da continuidade da sua obra, que estará viva além de sua própria vida física, que qualquer coisa que se plante; dela se colherá algo. Mas não necessariamente sob a forma de lucros, de resultados reais ou mesmo em tempo curto, visível e determinado. O empreendedor é aquele que vive cada momento o objetivo prático de sua ação. E consegue equacionar os problemas de modo correto que os resultados apareçam com data visível, números claros e perfeitamente definidos. As fronteiras de atuação de cada um deles são nítidas, porque, na realidade, as empresas deveriam ter ambos os modelos. Um empresário puro seria o poeta do empresariado, um indivíduo que não busca resultados imediatos; não os tendo, interrompe a obra de formulação de sua empresa. E um empreendedor dificilmente sobrevive aos debates da adversidade, quando ocorrem. "Alguns indivíduos desejam gerenciar seus negócios e estão preparados para arriscar seu próprio capital, iniciando um empreendimento, tornando-se responsável pela geração de empregos para outros indivíduos. Eles podem gerenciar pequenas lojas, restaurantes, ou estabelecer-se com grandes fábricas. “Muitos homens empregados em organizações com pouca ou quase nenhuma - chance de promoção - consideram montar, iniciar seus próprios negócios, como o próximo e decisivo passo de suas vidas”. É possível fazer uma diferenciação clara entre o indivíduo que é chamado de empresário e outro que é denominado de empreendedor (entrepreneur). Uma pessoa pode ser empresário sem ser um empreendedor e vice-versa, é o que nos ensina o Peter F. Drucker - DRUCKER diz que: a) O empreendedor não é um capitalista, embora precise de capital; b) O empreendedor não é um investidor, todavia assume riscos; e c) O empreendedor não é um empregado, contudo possa ser, e freqüentemente o é, um empregado - ou alguém que trabalha sozinho e exclusivamente para si mesmo. Empreendedor para Drucker é alguém que cria algo novo, algo diferente, que modifica ou transforma valores. Ele está sempre buscando a mudança, reage a ela e a explora como sendo uma oportunidade. Os empreendedores inovam. A inovação é o instrumento específico do espírito empreendedor. O empreendedor, por definição, transfere recursos de áreas de baixa produtividade e rendimento para áreas de produtividade e rendimento mais elevados. De acordo com o raciocínio de Drucker, o fato de alguém abrir uma nova empresa não faz dessa pessoa necessariamente um empreendedor. Ela poderá estar iniciando um negócio igual a tantos outros já existentes no mercado.

domingo, 4 de setembro de 2011

AS REALIDADES DO EMPREENDEDOR

Numa empresa, o empreendedor deve encarar quatro realidades principais sobre as quais não tem essencialmente nenhum controle: 1. Seu tempo, na aparência, a pertence a um grande número de pessoas. Praticamente todo mundo pode, pessoalmente ou por telefone, intrometer-se no tempo de que um empreendedor dispõe. Na verdade, os empreendedores podem ser definidos como pessoas que, normalmente não dispõem de tempo para si próprias; 2. Os empreendedores são obrigados a se manterem em atividade, a não ser que façam algo de positivo para alterar a realidade em que vivem e trabalham. Se o empreendedor deixar os acontecimentos determinarem o que ele deve fazer, qual trabalho executar ou o que levar a sério, estará longe de atual eficazmente. Pode tratar-se de uma excelente pessoa, mas estará seguramente desperdiçando seus conhecimentos e capacidade, e jogando fora a eficácia que poderia conseguir. O empreendedor precisa é de critério, que lhe permitirá trabalhar no que é verdadeiramente importante, isto é, em contribuições e resultados. 3. O empreendedor pertence a uma organização e isso significa que ele só e eficaz se e quando outra puder servir-se de sua contribuição. 4. Os empreendedores são parte de uma organização. Cada um deles em sua organização vê essa entidade como uma realidade próxima e imediata. Muitas das vezes ele não sabe o que se passa fora dela, a não ser em segunda mão. Neste intervalo, o que acontece em seu interior pode ser resumido em esforço e custo. A organização é um artifício social, um órgão da sociedade, e se justifica pela contribuição que presta ao mundo exterior. Quanto maior e bem-sucedida for uma organização, tanto mais os acontecimentos internos, tantos mais os acontecimentos internos tendem a engajar o interesses, as energias e a capacidade do empreendedor. Um risco, especialmente nesta era de tecnologia da informática, é excluir os acontecimentos externos do interesses dos empreendedores. Deve-se lembrar que o computador só utiliza dados quantitativos - e só pode quantificar o que se passa dentro da organização. Já os acontecimentos externos raramente são disponíveis em forma quantitativa, e sim qualitativa. E quem pode selecioná-los é o empreendedor. A eficácia empreendedora não é igual à eficácia comum dos empregados. Não sendo eficácia empreendedora uma aptidão ela é um hábito a ser adquirido. Quais são as práticas que levam à aquisição deste hábito? A resposta a essa pergunta: cinco são os princípios gerais da eficácia: a) Saber onde gastar o próprio tempo; b) Concentrar esforços em resultados mais do que em trabalho; c) Basear-se nas qualidades pessoais mais fortes; d) Concentra-se nas tarefas-chave; e) Tomar decisões efetivas.

domingo, 28 de agosto de 2011

FOCALIZANDO AS OPORTUNIDADES


Para tornar eficaz seu negócio, o empreendedor dispõe de três métodos bem experimentados e comprovados:
1. Pode começar com um modelo do “negócio ideal”, que produziria resultados máximos em conseqüência dos mercados e conhecimentos disponíveis - ou pelo menos aqueles resultados que, em longo prazo, ofereçam maiores possibilidades de êxito.
2. Pode tentar maximizar as oportunidades, focalizando os recursos disponíveis nas possibilidades mais atraentes e dedicar-se a elas obter os melhores resultados.
3. Pode maximizar os recursos para que sejam encontradas - ou criadas - aquelas oportunidades que lhes forneçam o maior o impacto possível.
Na busca de novas oportunidades toda empresa deve estar aberta para o futuro. Sabem-se duas coisas sobre o futuro: que não pode ser conhecido e que será diferente de hoje. Analisar o futuro significa estudar os eventos significativos de hoje quanto ao seu impacto no amanhã.
Os grandes eventos têm sempre um espaço de tempo entre si e seu impacto, nas pessoas e nas idéias. Duas fontes importantes de investigação são, sem dúvida, a população (as maiores mudanças de mercado foram criadas pelas mudanças de população) e o tempo de lazer que leva à procura de novos bens e conhecimentos.
O empreendedor pode-se pergunta:
a) Aconteceu alguma coisa que poderá estabelecer uma nova realidade para a indústria, o país, o mercado?
b) Está acontecendo alguma coisa na estrutura de uma indústria que indica uma mudança maior?
c) Quais são nossas suposições básicas sobre a sociedade e a economia, o mercado e o consumidor, o conhecimento e a tecnologia?
d) Elas ainda são válidas?
Aqui temos uma contribuição acerca das questões mercadológicas ao empreendedor, onde autor basicamente terce comentários sobre a maximização de oportunidades do que na solução de problemas.
Texto está mais voltado para as perspectivas do futuro. O futuro não será feito amanhã. Está sendo construindo hoje em grande parte decisões e ações tomadas com respeito às tarefas de hoje.

Focalizando, tão perto como nunca foi à oportunidade, afirmando, que suas proposições podem ser vistas sobre outra ótica - a da capacidade dos empreendedores, traduzida na eficácia da gestão de seus empreendimentos.
Oferecem-se ao empreendedor conceitos muitos práticos e operacionais, os quais, ao mesmo tempo estão em perfeito acordo com a filosofia da administração
Observa-se que é comum encontrarem-se empreendedores, de boa inteligência, sólidos conhecimento do ramo de negócio no qual deseja empreender, pessoas brilhantes e imaginativas.
No entanto poucos desses empreendedores são eficazes. Confundem-se inteligência e eficácia, quando se conhece muito empreendedor com a primeira qualidade e sem a segunda.
O mesmo se pode dizer das outras qualidades acima apontadas. São muitos os empreendedores bem dotados de conhecimentos técnicos do negócio, mas ineficazes na condução da parte gerencial do empreendimento
Pode-se constatar, com base nessas reflexões "o que os empreendedores eficazes fazem que nós não façamos, e o que eles não fazem que nós tendamos a fazer".
O objetivo desse texto gira em torno da idéia central que é a eficácia é um hábito, não uma qualidade herdada naturalmente. A eficácia pode ser aprendida.
O que se exige de um trabalhador subalterno é que faça bem o que deve fazer, enquanto o empreendedor deve fazer certas as coisas certas.
Grande parte da eficácia não é representada pelo próprio desempenho dos atos, pela escolha do alvo certo onde concentrar suas energias.
Nada mais triste do que observar um departamento de pesquisa e desenvolvimento inteiro desperdiçar seu talento num projeto errado.
Outro aspecto da eficácia é olhar para fora da empresa: "Todo o empreendedor, seja sua organização uma empresa comercial, industrial ou de serviços, vê o interior - a organização - como a realidade próxima e imediata,
Ele vê o exterior somente através de lentes espessas e destorcidas. O que acontece fora não é nem mesmo conhecido em primeira mão. É recebido por um filtro de relatórios, isto, numa forma pré-digerida e altamente abstrata que impõe critérios organizacionais de relevância à realidade externa".
Como se sabe, "não há resultados dentro da organização. Todos os resultados estão fora. Os únicos resultados do negócio são produzidos por um consumidor que converte os custos e esforços do negócio em dividendos e lucros".
A grande questão é que os eventos externos importantes e relevantes são freqüentemente qualitativos e não são passíveis de serem quantificados. E muitos de nossos empreendedores estão cada vez mais dominados pelo ópio intelectual da estatística a ponto de não serem capazes de enxergar nada além das tendências estatisticamente demonstradas. Os verdadeiros eventos externos não são tendências, são mudanças nas tendências. Algumas decisões que dependem da estatística são tardias.

domingo, 14 de agosto de 2011

EMPREENDEDORISMO: TRANSFORMAR SONHOS EM REALIDADE

Urge uma política pública de fomento ao empreendedorismo! Faz-se premente a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento de empreendedores. Temos que estimular os milhões de jovens que estão sendo as maiores vítimas da crise econômica mundial com estimulo ao empreendedorismo e a inovação.
Se quisermos empreendimentos de qualidade devemos apoiar ações em que a inovação e o empreendedorismo sejam estimulados e possam florescer.
Precisamos de pessoas com espírito empreendedor capazes de revolucionar o mundo com suas idéias de negócio. Empreendedorismo + conhecimento = criação de riquezas em qualquer parte do mundo.
Todos os países estão a depara-se com dificuldades nesse inicio de década do século XXI. Milhões de pessoas estão desempregadas ou risco de perder seu posto de trabalho. Muitos estão a lutar desesperadamente por um emprego. O desemprego é uma verdadeira efemeridade mundial.
Vivem-se tempos de economias frágeis, contagiadas pela incerteza do amanhã, agravadas por infra-estruturas saturadas, assoladas por problemas ambientais e alarmantes índices de pobreza.
Tempos turbulentos exigem idéias criativas e inovadoras para que tenhamos o progresso e geração de riquezas para todos. A inovação mais do que dobrou nossa expectativa de vida e nos deu energia barata e mais possibilidade de alimentação para toda a humanidade.
O progresso será fruto da adoção da criatividade, inovação e espírito empreendedor por todos. O crescimento será pífio se não for estimulado o empreendedorismo. Empreendedorismo é igual a espírito empreendedor + oportunidade (cada vez mais a sua criação e não a sua pura identificação) + liberdade de ação ( nos EUA tivemos a criação de empreendimento em garagens como nos casos da Apple, HP, em residências universitárias – Microsof e Facebbok).
As crises nos ensinam a sermos mais criteriosos, fazer mais com menos, isso, de fato, condiciona a necessidade de inovação e de um nível de criatividade que não teríamos em tempos normais. Empreendedores bem-sucedidos tiram proveito de seu espírito empreendedor e agem com coragem na procura de novas oportunidades para criação de valor.
Em toda da historia da humanidade, o termo empreendedorismo era atribuído a aqueles indivíduos que desafiavam a sabedoria tradicional para poder enxergar o que poucos são capazes.
O fenômeno da palavra empreendedorismo hoje transcende as antigas e simples relações com as habilidades empresariais para o que descreve a reportagem
Os empreendedores são os sujeitos capazes de sonhar e de transformar sonhos em realidade, de identificar oportunidade e transformar em negócios, correr riscos e muito suor, que o tino empresarial é o fator fundamental para o empreendimento vingue, prospere e tenha sucesso, e os fracassos resultam em valiosas lições para novas tentativas.
Estudioso trazem conceitos à realidade cotidiana, como Joseph Schumpeter, um dos primeiros a estudar este fenômeno que define o empreendedorismo como um ser iluminado, privilégio de poucos, de faro especial para detectar e aproveitar as chances, capaz de criar novos ciclos econômicos, criar novas mudanças tecnológicas introduzindo processos inovadores de produção, abrindo novos mercados, agregando fontes de matérias primas e estruturando organizações.
Peter Drucker tem uma visão mais moderada define o “empreendedorismo como um comportamento e não um traço da personalidade”, que as pessoas podem aprender a agir como empreendedoras, usando as ferramentas baseadas no interesse em buscar mudanças, reagir a elas, explorá-las como oportunidades de negócios.
Dos sonhos à realidade empreendedora
Um dos primeiros a estudar o empreendedorismo inserido no contexto econômico dos países, Joseph Schumpeter, definiu o empreendedor como sendo “um ser com dotes especiais, capaz de detectar oportunidades de negócio e também criar um novo ciclo econômico.” Trazendo esta perspectiva para a realidade cotidiana,
Peter Drucker, afirma em seu livro Inovação e Espírito Empreendedor: “O empreendedorismo é um comportamento e não um traço de personalidade”. Ele prega que as pessoas aprendem a agir como empreendedoras, se interessando pelas mudanças, reagindo a elas enxergando-as como oportunidades de negócios.
Nos padrões de Drucker seria um empreendedor que souber enxergar as mudanças e aproveitá-las. Então, já que mudanças ocorrem todos os dias, empreendedores são milhões e milhões. Nem todos são bem-sucedidos como empreendedores. Muitos passam por grandes fracassos até aprender.
Os traços comuns entre empreendedores de sucesso são: Iniciativa, persistência, especialização, persuasão e capacidade de assumir riscos. É necessário ter um profundo conceito de si mesmo: o que mais gosta, em quais áreas tem mais conhecimento e principalmente ter consciência dos próprios limites, se necessário contar com parceria de sócios e colaboradores para suprir suas deficiências.
As questões psicológicas e de auto-conhecimento que nos alerta McClelland são de fundamentais importância para qualquer tipo de negocio. A partir daí, temos duas vertentes: a de como fomos educados por nossos pais e o que eu sou hoje, pois esses fatores irão influenciar no futuro do meu negócio.
O ser humano tem uma tendência muito forte de transferir inconscientemente questões do campo psicológico para o campo profissional, onde muitas vezes se confunde o negócio como a solução dos problemas, ou se confunde o desejo de ser dono como uma fuga de algo que o incomoda. Assim cria-se o risco de acontecer muitos problemas dentro da empresa, os mais comuns são:
O empreendedor nos dias de hoje tem de ter idéias pragmáticas e orientadas para o mercado. A prosperidade nos negócios depende muito de quanta compreensão se recebe das pessoas com quem se faz negócio. O serviço pós-venda é mais importante do que a assistência pré-venda.
Desenvolver um bom modelo de negócio – “a totalidade de como uma empresa escolhe seus clientes, define e diferencia suas ofertas (ou resposta ao mercado), define as tarefas que ela mesma desempenhará e aquelas que serão terceirizadas, configura seus recursos, vai ao mercado, cria utilidade para os clientes e capta os lucros.
Muitos negócios fracassam durante seu primeiro ano de existência em virtude de um conceito falho do produto, financiamento subdimensionado ou dificuldades com a distribuição.
O empreendedor não pode sentir-se culpado pelo sucesso. A fonte de ser bem-sucedido é dedicação que devota ao seu empreendimento, nunca esquece que cada pessoa que encontra pela frente é um cliente em potencial, seus colaboradores e clientes.
O lucro é a justa recompensa dada aos empreendedores por consumidores satisfeitos com a qualidade e o serviço de um produto. O lucro é o oxigênio da empresa.
A motivação e a determinação de enfrentar grandes desafios exercem um papel crucial, no sucesso de um empreendedor.
O que é, afinal de contas, um empreendedor? Para mim, o termo engloba aqueles indivíduos que criaram ou transformaram empresas e que, durante o processo mudaram o mundo e ficaram ricos. Alguns empreendedores são movidos pela inspiração, otimismo, pela necessidade de realização
O que os empreendedores nos ensinam com muita clareza é que não adianta lançar a culpa sobre os outros pelos problemas que obrigados a pensar. Eles não acham que o mundo seja um lugar justo, que recompensaria os seus esforços e, por fim, acabaria se rendendo ao seu gênio. “Todo o revés nada mais é do que um mal-entendido efêmero do cosmo”
Não existe fórmula para brilhar no mundo dos negócios. Existem, porém, alguns temas recorrentes na conduta dos empreendedores de sucesso. Não importa o estilo, se é fundamentada na inspiração ou na intimidação, a missão é sempre clara e as mensagens consistentes.
São esses os elementos fundamentais para que seus sonhos se concretizem, assim como a percepção ilimitada daquilo que tem a oferecer, bem como a resolução inarredável de cumprir o seu destino.

domingo, 31 de julho de 2011

ENTREPRENEUR E ENTREPRENEURSHIP

Os termos: Entrepreneur e Entrepreneurship apresentam problemas de tradução para os principais idiomas, a partir de sua origem- o francês, - para o português não foi diferente.
Entrepreneur poderia ser traduzido como empresário. Todavia o termo é empregado para designar não necessariamente um empresário, porém, um empreendedor. No tocante a "Entrepreneurship", existe um forte corrente a favor da adoção em português da tradução "espírito empreendedor", pois é o que melhor se adapta nos casos em que é empregado.
O termo entrepreneur tem raízes francesas e sua tradução literal é empreendedor, empresário ou aquele que empreende a criação por conta própria, em seu benefício, e os seus riscos, de um produto qualquer, ou aquele que lança à realização ("entre" significa estar sob e "preneur" é, derivado do verbo francês prende, conduzir).
O guru da administração Peter F. Drucker tem uma teoria acerca dos empreendedores. Sua idéia é que qualquer indivíduo de qualquer organização pode aprender como ser um empreendedor. E que não existe nenhum mistério nisto.
Drucker vem montando desde a década de 40 do século XX seu ponto de vista a respeito das questões ligadas ao "entrepreneurship". Ele sintetiza todas suas idéias a respeito deste tema no livro Inovação e Espírito Empreendedor: (entrepreneurship) Prática e Princípios. São Paulo, Pioneira.
A inovação e o espírito empreendedor, para estas duas coisas são “tarefas que podem ser organizadas - "é preciso que sejam organizadas", elas são diz ele, é um trabalho sistemático, diz Drucker.
Drucker, na introdução deste seu livro, contudo, apresenta uma recusa, uma negação: Ele não discutirá, debaterá características e traços psicológicos. Este é um ponto importante.
Enquanto ele provavelmente está certo que as dificuldades e oportunidades geradas pelo "entrepreneurship" podem ser estudadas e aprendidas, assimiladas. O espírito empreendedor é algo muito mais profundo do que se possa imaginar.
Indivíduos que criam negócios inovadores e prósperos, que podem vir a ter todas formas e tamanhos inagimáveis. Porém ele tem algumas características que outras pessoas não as têm.
Numa mais profunda percepção da questão, eles estarão mais propensos de aceitar riscos de que se pode pensar. Eles têm a habilidade para lutar para decifrar a sua vida profissional - uma consistente falta de um quadro mais nítido do que se avizinha pela frente.
Muitos têm um objetivo para colocar sua marca em tudo que estão criando. E enquanto um desenfreado violento ego pode ser uma coisa destruitiva, tenta encontrar um "entrepreneur" cujo ego não esteja completamente envolvido nas questões relacionadas com a empresa.
Drucker está certo que a tarefa do "entrepreneurship" tem e pode organizada. A disciplina envolvida na gestão do crescimento e inovação é crucial para o sucesso.
Capitalistas com espírito empreendedor investem milhões de dólares em coisas cujas chances de dar certo são remotas.
Oa empreendedores também apostam suas carreiras. Pessoas de grande talento abandonam seus empregos seguros para tentar concretizar seus sonhos ou trabalhar em empresas minúsculas que tenham grandes idéias.
A cultura empreendedora celebra o trabalho e o espírito empreendedor, mesmo quando ele acaba em derrota. A atitude americana em relação ao fracasso é: “tente oura vez”
São atitudes cheias de garra e coragem, que ajudam a botar fogo no mercado de software para as tecnologias da informação. A comunidade cada vez maior de consumidores realmente exigentes atiçou as chamas.
Alguns empreendedores têm certas habilidades inatas, porém muitos necessitam aprender-las, adquirir-las. E numa época em que empreendedores como, Gates, Jobs, Larry Page e Mark Zuckerberg - têm tornado-se exemplos para todos aqueles que querem criar uma empresa de alta tecnologia, as escolas de negócios de todo o mundo procura desenvolver, dar os primeiros passos na tentativa de se oferecer cursos de formação de empreendedores
A realidade enfrentada pelo empreendedor está baseada numa perspectiva onde a criatividade não depende de inspiração, contudo de estudo árduo: um ato de vontade.
Assim como a pesquisa sistemática pode resultar na “invenção”, também pode haver - precisa haver - uma busca premeditada de oportunidades para inovar.
Quem souber onde e como encontrá-las será o que se chama de “entrepreneur”.
Não são universidades, parques tecnológicos espaçosos ou baixos impostos, afinal, que fazem a inovação acontecer. São empreendedores. Urge criar uma cultura empreendimentos tecnologia e um ecossistema

domingo, 3 de julho de 2011

EMPREENDEDOR x EMPRESÁRIO

EMPREENDEDOR x EMPRESÁRIO
O ponto principal em que o empreendedor se diferencia do empresário, é que o empreendedor é o pioneiro ou o criador de empresa; aquele que tem o mérito de iniciar um empreendimento empresarial, de lançar-se ao mercado com o objetivo de explorar novas oportunidades de negócios.
O empreendedor e o empresário são duas figuras que se completam e se diferenciam das demais pelo fato de terem optado por um tipo de atividade com valores bem determinados, no caso dos negócios. O empresário "cresce" mais do que o empreendedor, o pioneiro, o criador da empresa.
Começa aqui a surgir o empresário, iniciando, ou continuando a sua trajetória, distanciando-se do empreendedor pelo fato deste continuar insistindo em permanecer agarrado ao pequeno negócio ou mesmo em não querer desenvolver-se como pessoa ou como homem de negócios.
O empreendedor é um homem de muita iniciativa, dotado de uma personalidade agressiva, um eterno farejador de oportunidades, sobretudo, aquelas ligadas ao seu interesse e motivações. Um dos fatores de sucesso do empreendedor é lançar-se naquilo que ele gosta de fazer.
O empreendedor é um criador de negócios e muito trabalhador, não só porque faz aquilo que gosta, mas também, porque a quase totalidade dos seus empreendimentos gira em torno dele. Ele faz e gosta de fazer tudo sozinho.
O seu sentimento de propriedade é muito acentuado. A empresa é a sua própria pessoa. Geralmente, é um indivíduo com muitas idéias, adora o risco e, normalmente, é possuidor de capacidade de iniciativa para se lançar em novos negócios, assumir riscos, costuma encantar este tipo de pessoas, apesar de muitos empreendedores se limitarem a tocar seus pequenos negócios, que estão dando certo.
Há uma complexidade de fatores responsáveis pelo surgimento de empreendedores e criadores de empresas.
O envolvimento dos empreendedores com a empresa é tão grande que se torna difícil - e até impossível dissociar os "objetivos" da empresa dos pessoais, e a complexidade de motivação para os negócios aumenta de tal forma que fica difícil saber quais as verdadeiras razões pelas quais um indivíduo, ou grupo de indivíduos, criou um negócio.
Esta complexidade aumenta quando as razões de existência do negócio se alojam, muitas vezes, nas profundezas do inconsciente do empreendedor.
O empreendedor (pioneiro, criador de novos negócios) começa a ter o seu papel sufocado quando sua obra empresarial (empresa ou grupo de empresas) cresce acima de suas possibilidades e ele não teve a iniciativa ou condições de dotar seus empreendimentos de uma estrutura organizacional e gerencial de ter o seu talento criativo e de realização ampliado e, acima de tudo, de ver sua obra consolidada e bem sucedida ao longo de sua vida, principalmente depois de sua morte.

O empresário é, também, um criador de empresas, apesar disso, é mais raro o empreendedor ser um empresário. A não ser quando ele, o empreendedor, consegue romper suas limitações de meio fazedor de negócios; o empresário tem, portanto característica de pioneiro, de empreendedor, apesar de haveres bem-sucedidos empresários que não criaram empresas, residindo seus méritos em administrar com competência a obra herdada por seus antepassados.
O empresário, entretanto tem outras características, usualmente não existentes no proprietário-empreendedor. Uma delas é que ele (o empresário) "cresce" tanto no plano individual (como pessoa, como indivíduo, como ser humano), quanto no empresarial, cumprindo obrigações ao nível de nobre missão empresarial, investindo e realizando projetos, criando riqueza, dando empregos, contribuindo para o desenvolvimento do país no qual ele opera e lucra.
Assim, o empresário situa-se num plano superior ao do empreendedor, devido ao seu corre-corre no dia-a-dia, tem dificuldade de evoluir, desenvolver as tarefas mais relevantes, apesar de não ser a rotina de empresa a causa principal de sua não evolução.
O indivíduo torna-se empresário quando consegue superar hábitos de empreendedor, de meio criador e tocador de novos negócios e passa a se envolver com tarefas de grande magnitude, mais ligadas à sociedade global.
Diga-se de passagem: o ambiente externo é o verdadeiro local de trabalho de empresário. Quanto mais fica desligado da operação da empresa, mais ele justifica seu papel de empresário. A operação é de responsabilidade dos executivos.
O fato de a empresa ser conduzida pelo empreendedor ou pelo empresário tem marcantes reflexos na forma de gerir. Quanto mais o empreendedor não evolui para a categoria de empresário, ou seja, continua encolhido na sua condição de empreendedor, ele tem uma tendência de querer que seus executivos trabalhem mais para "ele" do que para a empresa.
No entanto, à medida que vai evoluindo para a condição de empresário, a organização vai-se estruturando e tornando-se mais impessoal. Assim, os executivos trabalham mais para a empresa do que o "dono" da empresa. À medida que a empresa se vai profissionalizando, libertando-se da presença do "dono" (como acontece, de forma acintosa, nas empresas familiares).
Um empreendedor é sempre um empresário em potencial, Um empreendedor possui características que o situam como um dos principais agentes do sistema econômico que valoriza a iniciativa privada.
Um empreendedor é aquele indivíduo que assume um papel ativo do agente econômico. Toma a iniciativa, assume risco e dá partida no seu projeto: o empreendimento.
Um empreendedor é igualmente, um indivíduo que trabalha bem acima de média e se gratifica muito com os resultados positivos, sejam materiais ou subjetivos, de sua obra.
Poderia ser comparado a um artista plástico ou a um compositor que, possuindo condições especiais de ordem psicológica ou até genética e com senso de oportunidade acima da média, se move na direção de preencher ou de criar novas oportunidades.
Um empresário é um empreendedor em outra escala e com diferentes desafios e perspectivas. Eu diria que todo empresário é, necessariamente um empreendedor, mas nem todo empreendedor é, necessariamente um empresário.
Vejam o motivo: um empresário possuir as características fundamentais do empreendedor e, além disso, uma visão mais ampla de suas responsabilidades sociais Ele se diferencia também do empreendedor na sua forma de administrar um negócio.
A um empreendedor é permitido um maior espaço para improvisar e administrar de maneira não ortodoxa.
Um empresário, por outro lado, precisa ter uma visão mais ampla, no espaço e no tempo. No espaço, atendendo às suas obrigações para com a sociedade em geral e para com o país.
Necessita olhar o seu empreendimento (a empresa) como uma instituição que transcende necessariamente a sua própria figura e se insere num contexto de permanente contribuição para a riqueza de seus funcionários, seus acionistas e o próprio país.
Existe uma diferença entre empreendedor e empresário. A atitude do empreendedor no ato pioneiro, quase intuitivo, de lançar-se a algum empreendimento nem sempre significa que ele tenha as características exigidas hoje, do moderno empresário, pois se resumem numa extraordinária capacidade de tratar, de levar ao mercado um produto de qualidade e custos satisfatórios.
Então, nem todo empreendedor tem, necessariamente, características de empresário. Mas, o empresário, para ter sucesso, precisa de uma cota de empreendedor para garantir a sobrevivência plena de sua empresa.
"A diferença entre o empreendedor e o empresário, é que o empreendedor, como a própria palavra o diz, é aquele que empreende alguma coisa, que inicia e tem, inclusive, essa ambição de empreender muito mais como o administrador de alguma coisa que existe de uma empresa”.
“Quer dizer: ele é muito mais um administrador no sentido de manter a vida de um ou mais empreendimentos de forma permanente. É aquele capaz de montar uma estrutura dentro de um planejamento ou de uma empresa e a transforma numa coisa permanente”.
O empreendedor pode ser aquele que faz o projeto, e, terminado, já não tem as mesmas condições de administrar aquele empreendimento: enquanto o empresário, como a palavra o diz, é um homem que, no fundo, administra, gerencia uma empresa e faz com que ela progrida. Essa é a diferença básica entre o empreendedor e o empresário.
E quando se pede para estabelecer as fronteiras de atuação, eu diria exatamente isto: o que faz o negócio novo, o que se dedica a construir, a realizar alguma coisa, seja uma máquina, um produto, um invenção, uma inovação ou outro tipo de projeto que ele empreende. Mas o empresário é aquele que chega após o empreendimento existir, administra e faz com que esse empreendimento prospere.

EMPREENDEDOR x EMPRESÁRIO

O ponto principal em que o empreendedor se diferencia do empresário, é que o empreendedor é o pioneiro ou o criador de empresa; aquele que tem o mérito de iniciar um empreendimento empresarial, de lançar-se ao mercado com o objetivo de explorar novas oportunidades de negócios.
O empreendedor e o empresário são duas figuras que se completam e se diferenciam das demais pelo fato de terem optado por um tipo de atividade com valores bem determinados, no caso dos negócios. O empresário "cresce" mais do que o empreendedor, o pioneiro, o criador da empresa.
Começa aqui a surgir o empresário, iniciando, ou continuando a sua trajetória, distanciando-se do empreendedor pelo fato deste continuar insistindo em permanecer agarrado ao pequeno negócio ou mesmo em não querer desenvolver-se como pessoa ou como homem de negócios.
O empreendedor é um homem de muita iniciativa, dotado de uma personalidade agressiva, um eterno farejador de oportunidades, sobretudo, aquelas ligadas ao seu interesse e motivações. Um dos fatores de sucesso do empreendedor é lançar-se naquilo que ele gosta de fazer.
O empreendedor é um criador de negócios e muito trabalhador, não só porque faz aquilo que gosta, mas também, porque a quase totalidade dos seus empreendimentos gira em torno dele. Ele faz e gosta de fazer tudo sozinho.
O seu sentimento de propriedade é muito acentuado. A empresa é a sua própria pessoa. Geralmente, é um indivíduo com muitas idéias, adora o risco e, normalmente, é possuidor de capacidade de iniciativa para se lançar em novos negócios, assumir riscos, costuma encantar este tipo de pessoas, apesar de muitos empreendedores se limitarem a tocar seus pequenos negócios, que estão dando certo.
Há uma complexidade de fatores responsáveis pelo surgimento de empreendedores e criadores de empresas.
O envolvimento dos empreendedores com a empresa é tão grande que se torna difícil - e até impossível dissociar os "objetivos" da empresa dos pessoais, e a complexidade de motivação para os negócios aumenta de tal forma que fica difícil saber quais as verdadeiras razões pelas quais um indivíduo, ou grupo de indivíduos, criou um negócio.
Esta complexidade aumenta quando as razões de existência do negócio se alojam, muitas vezes, nas profundezas do inconsciente do empreendedor.
O empreendedor (pioneiro, criador de novos negócios) começa a ter o seu papel sufocado quando sua obra empresarial (empresa ou grupo de empresas) cresce acima de suas possibilidades e ele não teve a iniciativa ou condições de dotar seus empreendimentos de uma estrutura organizacional e gerencial de ter o seu talento criativo e de realização ampliado e, acima de tudo, de ver sua obra consolidada e bem sucedida ao longo de sua vida, principalmente depois de sua morte.

O empresário é, também, um criador de empresas, apesar disso, é mais raro o empreendedor ser um empresário. A não ser quando ele, o empreendedor, consegue romper suas limitações de meio fazedor de negócios; o empresário tem, portanto característica de pioneiro, de empreendedor, apesar de haveres bem-sucedidos empresários que não criaram empresas, residindo seus méritos em administrar com competência a obra herdada por seus antepassados.
O empresário, entretanto tem outras características, usualmente não existentes no proprietário-empreendedor. Uma delas é que ele (o empresário) "cresce" tanto no plano individual (como pessoa, como indivíduo, como ser humano), quanto no empresarial, cumprindo obrigações ao nível de nobre missão empresarial, investindo e realizando projetos, criando riqueza, dando empregos, contribuindo para o desenvolvimento do país no qual ele opera e lucra.
Assim, o empresário situa-se num plano superior ao do empreendedor, devido ao seu corre-corre no dia-a-dia, tem dificuldade de evoluir, desenvolver as tarefas mais relevantes, apesar de não ser a rotina de empresa a causa principal de sua não evolução.
O indivíduo torna-se empresário quando consegue superar hábitos de empreendedor, de meio criador e tocador de novos negócios e passa a se envolver com tarefas de grande magnitude, mais ligadas à sociedade global.
Diga-se de passagem: o ambiente externo é o verdadeiro local de trabalho de empresário. Quanto mais fica desligado da operação da empresa, mais ele justifica seu papel de empresário. A operação é de responsabilidade dos executivos.
O fato de a empresa ser conduzida pelo empreendedor ou pelo empresário tem marcantes reflexos na forma de gerir. Quanto mais o empreendedor não evolui para a categoria de empresário, ou seja, continua encolhido na sua condição de empreendedor, ele tem uma tendência de querer que seus executivos trabalhem mais para "ele" do que para a empresa.
No entanto, à medida que vai evoluindo para a condição de empresário, a organização vai-se estruturando e tornando-se mais impessoal. Assim, os executivos trabalham mais para a empresa do que o "dono" da empresa. À medida que a empresa se vai profissionalizando, libertando-se da presença do "dono" (como acontece, de forma acintosa, nas empresas familiares).
Um empreendedor é sempre um empresário em potencial, Um empreendedor possui características que o situam como um dos principais agentes do sistema econômico que valoriza a iniciativa privada.
Um empreendedor é aquele indivíduo que assume um papel ativo do agente econômico. Toma a iniciativa, assume risco e dá partida no seu projeto: o empreendimento.
Um empreendedor é igualmente, um indivíduo que trabalha bem acima de média e se gratifica muito com os resultados positivos, sejam materiais ou subjetivos, de sua obra.
Poderia ser comparado a um artista plástico ou a um compositor que, possuindo condições especiais de ordem psicológica ou até genética e com senso de oportunidade acima da média, se move na direção de preencher ou de criar novas oportunidades.
Um empresário é um empreendedor em outra escala e com diferentes desafios e perspectivas. Eu diria que todo empresário é, necessariamente um empreendedor, mas nem todo empreendedor é, necessariamente um empresário.
Vejam o motivo: um empresário possuir as características fundamentais do empreendedor e, além disso, uma visão mais ampla de suas responsabilidades sociais Ele se diferencia também do empreendedor na sua forma de administrar um negócio.
A um empreendedor é permitido um maior espaço para improvisar e administrar de maneira não ortodoxa.
Um empresário, por outro lado, precisa ter uma visão mais ampla, no espaço e no tempo. No espaço, atendendo às suas obrigações para com a sociedade em geral e para com o país.
Necessita olhar o seu empreendimento (a empresa) como uma instituição que transcende necessariamente a sua própria figura e se insere num contexto de permanente contribuição para a riqueza de seus funcionários, seus acionistas e o próprio país.
Existe uma diferença entre empreendedor e empresário. A atitude do empreendedor no ato pioneiro, quase intuitivo, de lançar-se a algum empreendimento nem sempre significa que ele tenha as características exigidas hoje, do moderno empresário, pois se resumem numa extraordinária capacidade de tratar, de levar ao mercado um produto de qualidade e custos satisfatórios.
Então, nem todo empreendedor tem, necessariamente, características de empresário. Mas, o empresário, para ter sucesso, precisa de uma cota de empreendedor para garantir a sobrevivência plena de sua empresa.
"A diferença entre o empreendedor e o empresário, é que o empreendedor, como a própria palavra o diz, é aquele que empreende alguma coisa, que inicia e tem, inclusive, essa ambição de empreender muito mais como o administrador de alguma coisa que existe de uma empresa”.
“Quer dizer: ele é muito mais um administrador no sentido de manter a vida de um ou mais empreendimentos de forma permanente. É aquele capaz de montar uma estrutura dentro de um planejamento ou de uma empresa e a transforma numa coisa permanente”.
O empreendedor pode ser aquele que faz o projeto, e, terminado, já não tem as mesmas condições de administrar aquele empreendimento: enquanto o empresário, como a palavra o diz, é um homem que, no fundo, administra, gerencia uma empresa e faz com que ela progrida. Essa é a diferença básica entre o empreendedor e o empresário.
E quando se pede para estabelecer as fronteiras de atuação, eu diria exatamente isto: o que faz o negócio novo, o que se dedica a construir, a realizar alguma coisa, seja uma máquina, um produto, um invenção, uma inovação ou outro tipo de projeto que ele empreende. Mas o empresário é aquele que chega após o empreendimento existir, administra e faz com que esse empreendimento prospere.

domingo, 26 de junho de 2011

A MULHER EMPREENDEDORA NA ERA DIGITAL: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO NO SÉCULO XXI

Podemos afirmar que, até pouco tempo, empreendedora era uma palavra que pouco significava para a maioria das pessoas. Todavia, hoje a figura da mulher empreendedora já é bastante conhecida. Talvez não fosse tanto o alvo das atenções da opinião pública, como é na atualidade, pois seu papel é de grande importância no desenvolvimento econômico e social como gerador de empregos e renda.
A mulher empreendedora é uma das personagens de maior relevância na história recente da humanidade, sendo a maestrina de uma das instituições mais importantes da sociedade moderna: a empresa. Mas se a figura da empreendedora é tão importante, por que a sua história nunca foi devidamente estudada? É a história social da empreendedora.
Os romancistas e historiadores encararam as empreendedoras como uma raça à parte, muito mais ainda do que jornalistas, engenheiras, etc... No entanto, elas estão no centro da sociedade dotada de uma confiança baseada na sua capacidade de realização e no conhecimento pelo que são capazes de executar.
À medida que a competição econômica e a necessidade de se criar postos de trabalho vão crescendo, a figura da empreendedora é cada vez mais fundamental. O mundo precisa que milhares de empreendedoras com vontade de empreender na Era Digital
Este texto analisa a relação entre empreendedoras, empreendedorismo, inovação, star-ups e a incubação de empresas. Especificamente, estuda-se a tríade: como o empreendedorismo e a inovação se relacionam? Que mecanismos usar transformar inovadoras em empreendedoras criadoras de empresas? Quais são os fatores que influenciam transição de inovadoras para empreendedoras criadoras de empresas?
A fundamentação teórica encontra-se embasada no exame da literatura que aborda a inovação, empreendedorismo, star-ups e incubadora de empresas. Procurou-se identificar as similaridades e diferenças comportamentais entre inovadoras e empreendedoras.
Sempre existiu no ser humano um desejo e um interesse inquestionável por crescer, progredir, isto tem impulsionado o empreendedorismo, o surgimento de empreendedoras que desenvolvem ações, transformam-se em uma opção de vida onde procuram por em prática toda a sua capacidade de criação e inovação.
O número de mulheres que desejam criar o seu próprio negócio cresce dia-a-dia. O fenômeno do empreendedorismo vem se alastrando pelos quatro cantos do mundo, em ritmo cada vez mais alucinante.
A candidata a empreendedora tem que vencer uma verdadeira corrida de obstáculos para poder concretizar o sonho de ser dono de seu próprio negócio.
Empreendedoras não nascem elas são formadas e desenvolvem sua visão de negócios, sempre tendo em mente o objetivo de fazer o melhor, gerenciam o seu negócio de forma simples, eficiente e eficaz, porém, o sucesso é fruto não somente das práticas de boa gestão e sim de uma postura comportamental fundamentada no espírito empreendedor.
Uma atitude mental positiva, firmeza de propósito, a consciência de que o objetivo de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes permitem a empreendedora almejar o sucesso.
Não há como negar que estamos a viver uma era de mudanças. Numa sociedade high-tech, interligada por sistemas de redes, comunicando-se em tempo real, produzindo seus produtos utilizando processos como o just-in-time e grandes avanços da cibernética e biotecnologia, a figura da empreendedora constitui peça chave, ao destruir os velhos paradigmas criando novos, processo, segundo o economista Joseph Schumpeter, denominado de “destruição criativa” é básico para se entender o capitalismo.
Estabelecendo uma visão integrada a partir dos três teóricos a cerca do empreendedorismo: Drucker, na gestão, McCelland, na psicologia e Schumpeter, na economia podemos em um primeiro momento analisar e identificar se em determinado procedimento ou negócio está ou não presente o fenômeno do empreendedorismo.
Na era da tecnologia e da informação em que ocorrem mudanças em tempo real e dimensão planetária, a competição fica cada vez mais acirrada. Segundo Schumpeter apenas sobreviverão às empresas dotadas de capacidade inovadora e flexibilidade diante das mudanças.
A visão integrada a cerca do empreendedorismo não encerra apenas uma análise e crítica à leitura que se faz do fenômeno no mundo todo, nos serve, sobretudo, para apontar e alertar a necessidade de um ambiente favorável (incubadora de empresas de base tecnológica), direcionado para as micro, pequenas e médias empresas conciliando espírito empreendedor, inovação e tecnologia, na medida em que, tais empresas são propulsoras do desenvolvimento econômico, visto que geram milhões de empregos.
O termo “empreendedor” foi inicialmente utilizado pelo banqueiro e parisiense, no início do século XVIII, Richad Cantillon, no entanto, a palavra entrepreneurship (espírito empreendedor) que é derivada de entreprendre (empreender), que vem de entrepreneur (empreendedor) foi empregada no século XVII, na França, denominada para um indivíduo que assumia o risco de criar um novo empreendimento.
Ser empreendedora significa ter capacidade de iniciativa, imaginação fértil para conceber as idéias, flexibilidade para adaptá-las, criatividade para transformá-las em uma oportunidade de negócio, motivação para pensar conceitualmente, e a capacidade para ver, perceber a mudança como uma oportunidade, levando a sério à gestão de seu negócio.
A empreendedora é uma artista, uma criadora. Alguém que cria novos produtos, novos empregos, novas coisas e nunca param. As empreendedoras não criam porque querem, mas porque têm uma grande necessidade de realização.
Na concepção do economista austríaco Joseph Alois Schumpeter, a empreendedora pode ser descrito como um agente de mudanças de transformação do ciclo econômico do desenvolvimento, indivíduo com idéias que combina capital e trabalho, e faz algo verdadeiramente inovador, com capacidade de iniciativa, de risco.
Na métrica de Schumpeter, empreendedora seria como Henry Ford, que mudou a face da indústria automotiva no mundo, ou como King Gillette, que revolucionou muito mais do que o modo de barbear e sim uma forma de fixação de preços que popularizou seu uso.
Empreendedora, ou da raiz francesa, entrepreneur, é aquela que empreende a criação por conta própria, em seu benefício, e aos seus riscos, de um produto qualquer, ou aquele que lança à realização.
A realidade enfrentada pela empreendedora está baseada numa perspectiva onde a inovação não depende de inspiração, mas de estudo árduo: um ato de vontade, uma busca premeditada de oportunidades para inovar. Os empreendedores de sucesso sabem como identificar e aproveitar as oportunidades, à medida que elas se apresentam.
Na era da tecnologia e da informação em que ocorrem mudanças em tempo real e dimensão planetária, a competição fica cada vez mais acirrada. Na perspectiva de Schumpeter apenas sobreviverão empresas dotadas de capacidade inovadora e flexibilidade diante das mudanças.
A construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento de novos negócios pela mulher empreendedora passa também promulgação de leis trabalhistas e tributárias melhor elaboradas e adaptadas à realidade das micro, pequenas e médias empresas.
Além do mais, a empreendedora sabe que, para enfrentar o século XXI, deverão introspectar na sua vida: a) flexibilidade; b) atualização permanente; c) motivação, envolvimento e compromisso; d) criatividade; e) inovação; e f) atitude pró-ativo e empreendedor.
A empreendedora é uma filha da revolução do saber, que a cada dia aumenta o seu quociente de inteligência.
Em suma, é preciso que as empreendedoras estejam aptas para tomar rédeas dos negócios, preparados para assumir as complexas responsabilidades de administração, no limiar do século XXI, turbulento, competitivo, globalizado, desafiador, pois apenas sobreviverão às melhores empresas, aquelas que cultuam a excelência.

domingo, 12 de junho de 2011

A FORÇA DA INOVAÇÃO A GERAR RIQUEZAS

A estratégia inovadora requer um alto grau de disciplina por parte do inovador. Ele tem que operar sem o apoio do orçamento e das medidas contábeis convencionais que fornecem com rapidez e razoável segurança informações sobre resultados atuais úteis em programas e investimentos.
Por isso é fundamental para administrar bem a inovação, pensar detidamente no que se esperar e quando. Inevitavelmente, essas expectativas são mudadas pelos acontecimentos. Mas a menos que haja resultados intermediários no caminho, a inovação não está sendo administrada.
Uma estratégia para a inovação tem que ser baseada na clara aceitação do risco de fracasso e do risco talvez mais perigoso do "quase sucesso". É tão importante decidir quando abandonar um esforço inovador como saber qual deles iniciar.
Assim é particularmente crucial para bem administrar a inovação ponderar longamente e confiar ao papel às próprias expectativas.
E posteriormente, quando a inovação se converter em produto, processo ou empreendimento, comparar as expectativas com a realidade. Se a realidade estiver muito aquém das expectativas deve-se a seguinte indagação: "Não seria melhor abandonar isto já? Mas como?"
Na empresa tradicional, a alta administração é a instância final. Isto significa, com efeito, que o mais importante poder da administração superior é o veto e sua função mais importante é dizer "não" a propostas e idéias que não estejam completamente justificadas e elaboradas.
Na organização inovadora, a primeira e mais importante atribuição da alta administração é o contrário: são converter idéias poucas práticas, inclusas, a alta administração considera sua atribuição ouvir as idéias e levá-las a sério.
Novas idéias são sempre "poucas práticas” e são necessárias muitas idéias tolas para se encontrar uma viável.
Aliás, nas etapas iniciais não há meio de distinguir a idéia tola daquela marcada pela genialidade. Ambas parecem igualmente impossíveis ou igualmente brilhantes.
A alta administração na empresa inovadora não somente "encoraja" as idéias, mas também indaga continuamente: "Que é que essa idéia teria que possuir para ser prática, realista, efetiva?"
Por isso, mesmo as idéias mais extravagantes e tolas são objeto de consideração, pois poderão conter alguma coisa nova, cuja exeqüibilidade possa ser avaliada.
Isso, contudo, pressupõe a reestruturação das relações entre a alta administração e o grupo humano dentro da empresa. A organização tradicional, naturalmente permanece.
Aliás, no organograma da organização, não é fácil distinguir a que é inovadora da que segue normas mais rigidamente burocráticas. Nem uma organização inovadora precisa absolutamente ser "permissiva" ou "democrática".
Mas em companhias inovadoras o executivo sênior costuma realizar reuniões com os mais jovens sem uma agenda. Senta-se com eles e simplesmente pergunta: "Que oportunidades vocês vêem"?
Os empreendedores são maravilhosos criadores de empregos. Mas o que é um Empreendedor/ Criador de Empresas? Peter Drucker avisa que este título não pode ser aplicado a todo o audacioso que inicia um pequeno negócio.
Quando um indivíduo abre um restaurante, sem dúvida, está arriscando; mas não será um empreendedor, por tentar fazer algo familiar. E, no entanto, ele pode estar em um negócio totalmente novo e ainda assim não se qualificar como empreendedor/criador de empresas.
Qual, então, a prova decisiva? Os empreendedores são pessoas que estão simultaneamente criando novos tipos de procura e aplicando novos e insólitos conceitos administrativos.
Eles não devem surgir necessariamente, no empreendimento privado; autoridades, universitários e administradores municipais podem atuar de forma empreendedora - embora um estudo de caso do setor privado familiar sirva muito bem para tornar clara a concepção que, temos também os Empreendedores Sociais - indivíduos que se dedicam a atacar problemas como a Sida, abuso de crianças, alcoolismo, dentre outros.
Para milhões de pessoas, ter o seu próprio negócio ainda é o melhor meio de trabalhar na sociedade de informação, de eletrônica ou de serviços. Que o indivíduo inicie um trabalho em casa ou levante milhões de capital de risco, aplica-se o clássico conselho: descubra uma necessidade e satisfaça-a.
Desde que possua visão, acredite em si próprio e tenha capacidade especial de transformar sua visão em realidade.
As mudanças nos recursos estratégicos do capital para informação, conhecimento e criatividade são os fatores principais que impulsionam a expansão empreendedora atual. Mas há outros. As organizações não oferecem mais a segurança que sugeriam.
O candidato a empreendedor imagina: se é para correr o risco de qualquer forma, por que não arriscar um pouco mais e possivelmente colher grandes recompensas?
Ao tornar-se um empreendedor ou simplesmente trabalhar para si próprio, o empreendedor é motivado por necessidades pessoais.
Os empreendedores são pessoas viciadas em entusiasmo; pessoas que progridem assumindo riscos.
Para o empreendedor o trabalho não oferece muita emoção, a menos que oferte riscos. E observa-se que os empreendedores também gostam de jogar. Pode-se discordar e acreditar ser um mito retratar os empresários como pessoas que adoram assumir riscos. A maioria dos empreendedores assume riscos moderada e calculadamente; eles não estão jogando, afirmam os autores.
Um empreendedor com sucesso tem os seguintes atributos:
a) Orientação própria sente-se absolutamente à vontade como seu próprio chefe, auto-disciplinado.
b) Auto-incentivo: acredita na sua própria idéia quando mais ninguém acredita e é capaz de alimentar seu próprio entusiasmo.
c) Orientação para Ação: não se satisfaz com grandes ideias comerciais. O mais importante é o desejo intenso de realizar, atualizar e transformar seu sonho em realidade.
d) Alto nível de energia: é emocional, mental e fisicamente capaz de trabalhar por um longo e intenso período.
e) Tolerância com a incerteza: os empreendedores bem sucedidos só assumem riscos calculados (se possível); não obstante, é preciso que sejam capazes de assumir algum risco.
f) Não há meios mágicos para se prever quem pode se tornar um empreendedor; porém, os empreendedores precisam ter uma combinação de visão e capacidade de agir para realizar essa visão. Os empreendedores procuram independência, desafio, realização e justa compensação.
g) Compensação: as pessoas, às vezes, iniciam seus próprios negócios porque acham que seus esforços, dentro da organização, não foram satisfatoriamente recompensados.
h) Independência: embora procure compensação equitativa, a maioria dos empreendedores não é obcecada por dinheiro. Isso representa uma grande mudança da situação de décadas anteriores, quando os empresários se estabeleciam, principalmente, devido ao dinheiro.
i) Desafio: algumas pessoas trabalham por conta própria, pois é o único meio pelo qual podem satisfazer sua necessidade de desafio.
h) Realização: concorda-se, geralmente, que os empreendedores buscam realização, ao passo que os gerentes bem sucedidos desejam o poder.
O papel distintivo, e mesmo decisivo, do empreendedor, é este o indivíduo que concebe ou assume um empreendimento enxerga e explora oportunidades e constitui a força motriz das mudanças e aperfeiçoamento econômicos.
O empreendedor fez muito - e ainda faz - pela economia. Ele brilha em um conjunto à sombra de trabalhadores braçais, de funcionários de colarinhos azuis, de executivos empertigados e dos mais variados burocratas empresariais. Ao contrário do capitalista, o empreendedor não carrega consigo nenhum complexo de culpa de origem marxista.
A inovação e a contribuição peculiar do empreendedor poderiam ser mais bem financiadas, incentivadas e recompensadas, se o inovador estivesse livre de ameaças de imitação e da concorrência.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

INOVAR: BUSCAR O NOVO E O DIFERENTE

A medida de qualquer inovação é seu impacto no meio ambiente. A inovação em uma empresa deve, portanto ter em vista sempre o mercado. A inovação concentrada na produção provavelmente fará "milagres de tecnologia " mas decepcionará em termos de lucros.
Os mais inovadores dentre os laboratórios de produtos farmacêuticos definem sua meta sob a forma de novos remédios que representarão significativa diferença para a clínica médica e para a saúde dos pacientes.
Não definem inovação em termos de pesquisa, mas em termos do exercício da medicina. Da mesma forma, as empresas de comunicação se propunham constantemente a pergunta: "O que poderia tornar diferente o "serviço de comunicação"?
Não surpreende, pois, que seja o inovador mais voltado para o mercado alcançou os avanços técnicos ou científicos mais importantes. Começar com a necessidade de mudança expressa pelo consumidor ou cliente é muitas vezes o caminho mais direto para definir uma nova ciência, um novo saber, uma tecnologia, gerando.
Podemos fazer cinco constatações. Primeira: a: tecnologia arrasta-se em domínios tão importantes como biotecnologia ou ambiente. Segunda: a poluição ambiental é subvencionada porque os custos ambientais não são levados em conta no sistema de preços. Terceira: um sistema fiscal parcial penaliza empreendedores e trabalhadores. Quarta: os efeitos do automóvel e da sociedade de informação estão ausentes das estruturas fiscais em matérias de urbanismo e de propriedade. Quinta: as cidades, por isto, degeneraram em centros de criminalidade e de economia subterrânea.
A obsolescência é explicada pelo fracasso do sistema de preços em incorporar os valores do ambiente e da qualidade de vida. Para mudar apontam-se três pistas: a reorientação dos objetivos da tecnologia, que passariam da realização de economias em empregos para economias de recursos em geral; a integração dos custos ambientais nos preços dos bens e dos serviços; e uma revisão drástica dos modelos urbanos e espaciais.
Sugerem-se ações em economia e finanças (taxas sobre poluidores, incentivos a investimentos ambientais); em educação e tecnologia; em legislação e regulamentação (responsabilidade civil dos poluidores); no novo modelo de ordenamento do território; e na consagração do respeito no comércio internacional.
A vulnerabilidade "econômica" básica de um processo, uma tecnologia ou uma indústria indica a necessidade de inovação. Sempre que o mercado para uma determinada indústria cresce sem aumentar-lhe adequadamente a rentabilidade pode-se prever que uma importante inovação (no processo, produto, meios de distribuição ou expectativas da clientela) produzirá excelentes resultados.
Outra área de oportunidade inovadora é a explosão das conseqüências de eventos que já aconteceram, mas que ainda não exerceram impacto econômico. O crescimento demográfico, isto é, mudança da população está entre as mais importantes e também as mais certas.
Mudanças na área dos conhecimentos são menos certas - o tempo preciso para liderá-las é difícil de prever. Mas também elas oferecem oportunidades. Em seguida, mais importantes, porém menos certas, são mudanças de percepção, de visão, de expectativas do povo.
Por outro lado, naturalmente, há as inovações inesperadas e que mudam o mundo em vez de explorá-lo. São as inovações em que um "empreendedor" faz um esforço para que algo aconteça.
São estas as inovações verdadeiramente importantes. São as inovações de um Henry Ford, que descortinou algo que não existia então, como foi o mercado de massas, e se empenhou em torná-lo realidade.
Estas inovações jazem fora da distribuição das probabilidades - ou, pelo menos, se acham em pontos tão extremos que se tornam altamente improváveis. São também as mais arriscadas.
Para cada uma destas inovações bem sucedida, deve haver noventa e nove que malogram noventa e nove que foram sepultadas em completo silêncio. Assim, embora elas devam ficar sob observação, não podem ser objeto de atividade sistemática dentro da empresa.
Um negócio em funcionamento presume que as atuais linhas de produção e de serviços, os atuais mercados e canais de distribuição, as atuais tecnologias e processos continuarão. Desta forma o primeiro objetivo de uma estratégia para uma empresa em funcionamento é aperfeiçoar o que já existe ou está sendo criado.
Em contraste, a estratégia inovadora presume que o que quer que exista está envelhecendo e logo terá que ser mudado ou substituído. A divisa de uma estratégia para o negócio em funcionamento poderia ser por isso: "Melhor e Mais". Para a estratégia inovadora a divisa tem que ser: "Novo e Diferente".
A base da estratégia inovadora é o planejamento e o sistemático abandono do velho e moribundo, do obsoleto.
As organizações inovadoras não gastam nem tempo nem recursos na defesa do ontem. Somente o sistemático abandono do ontem pode liberar os recursos, e especialmente o recurso mais escasso de todos, gente capaz para trabalhar no novo.
Em segundo lugar numa estratégia de inovação deve estar o reconhecimento de que seus objetivos devem ser bastante ambiciosos. É tão difícil, via de regra, introduzir uma modificação secundária num produto existente quanto fazer uma inovação. Em ambos os casos, o índice de perecimento das inovações é - e deve ser - alto.
A estratégia inovadora por isso visa criar um novo empreendimento em vez de um produto dentro de uma linha já estabelecida. Visa a criar uma nova capacidade de desempenho e uma melhoria.
O alvo dos esforços de inovação e capacidade de desempenho e não uma melhoria. O alvo dos esforços de inovação é obter uma diferença significativa. O que é significativamente diferente não é uma decisão técnica.
Não é a qualidade da ciência que faz a diferença. Não é o valor patrimonial de um empreendimento nem a dificuldade de criá-lo a diferença significativa está no impacto sobre o mercado e o público consumidor.
A inovação não continua numa rigorosa progressão linear. Durante muito tempo, às vezes anos, há apenas esforços e nenhum resultado. Os primeiros resultados são em geral modestos. Aliás, os primeiros produtos são raramente o que o cliente comprará futuramente. Os primeiros mercados são raramente os principais mercados.
Ainda mais difícil de prever do que o posterior o sucesso do verdadeiramente novo é o tempo que ele levará para se firmar.
Há os casos do computador, dos antibióticos, da máquina Xerox – todas as invenções que dominaram o mercado. Mas para cada inovação bem sucedida cujos resultados são mais rápidos do que os previstos há cinco outras - que bem acabam muitas vezes logrando igual sucesso - que durante muitos anos fazem, quando muito pequenos e frustradores progressos.
É o caso do navio a vapor. Em 1835 sua superioridade já estava claramente estabelecida; mas só veio a substituir o navio a vela 50 anos depois. Com efeito, a "idade de ouro da navegação" em que os grandes transatlânticos alcançaram a perfeição começou somente depois que o navio a vapor foi plenamente desenvolvido.
Durante quase meio século, em outras palavras, o navio a vapor continuou a ser "amanhã” e nunca parecia tornar-se "hoje".
Um dia, porém, depois de demorada gestação, o sucesso da inovação desponta meteoricamente. Dentro de poucos anos torna-se uma nova indústria importante ou uma nova linha principal de produtos e de mercado. Mas até alcançar esse ponto não se pode prever quando a inovação deslanchará, nem se jamais o fará.
A estratégia da inovação requer diferentes julgamentos e uso de orçamentos e controle orçamentários diferentes daqueles apropriados aos negócios em funcionamento.
Impor aos esforços de inovação os julgamentos e especialmente as convenções contábeis adequados aos negócios existentes, e má orientação. Inutiliza o esforço de inovação da mesma forma que se estropiaria umas crianças de seis anos se de repente se pusesse sobre ela um volume de cinqüenta quilos.
Finalmente, quando a inovação se torna bem sucedida pode converter-se em ameaça. Porque então ela precisa de controles apropriados a um crescimento rápido, isto é, controles que mostrem quais os esforços e investimentos que são necessários para expansão excessiva.
No esforço inovador a primeira e mais sério pergunta é "Será esta a oportunidade certa?" E se a resposta é afirmativa pergunta-se. "Qual o máximo de pessoas competentes e de recursos básicos que podem ser acionados produtivamente nesta etapa?"
Um sistema separado de julgamento para o esforço inovador possibilita a avaliação dos três fatores que determinam a estratégia inovadora: a oportunidade definitiva, o risco do malogro e o esforço e despesas necessários. De outra forma o esforço continuará ou será até acelerado quando a oportunidade é extremamente limitada e o risco de insucesso grande.

domingo, 22 de maio de 2011

INOVAÇÃO: GÊNESE DO ESPÍRITO EMPREENDDOR

A história da inovação tecnológica não pode ser narrada como a história dos materiais e ferramentas e sim procurando discorrer sobre uma história social, isto é, uma interpretação das sucessivas atitudes do homem, diante da tecnologia, destacando-se referências aos aspectos econômicos e políticos.
No passado, o saber era um luxo e um dom raro, cultivado por uma elite educada e vivia quase sempre separado do fazer. A civilização atual está aproximando distâncias entre o saber e o fazer, e a tecnologia apressam essa união.
A tecnologia é ainda mais importante hoje, porque está unida à ciência. O tecnologista do século passado era um inventor sem escolaridade, que trabalhava com intuições geniais; o tecnologista de hoje é um cientista, portanto um homem academicamente educado, trabalhando em equipa e através da pesquisa sistemática.
Propõe-se a humanização da tecnologia através da definição das responsabilidades dos empreendedores. Saber administrar o conhecimento é o grande valor da atualidade, oposto à administração da experiência, que o valor do passado.
Se a tecnologia e o saber são "extensão do homem" elas não podem ser usadas contra o homem. O problema está em difundi-la.
A comunicação na empresa não deve ser considerada um simples "meio" de organização, mas um verdadeiro "modo" de organizar, porque ela exige que as pessoas participem da responsabilidade das decisões tomadas.
A compreensão não advém do fato de que as pessoas de que as pessoas sejam "explicadas", mas principalmente, do fato de as coisas terem uma relação direta(feitas ou sentida) com as pessoas.
A "explosão da informação", ao mesmo tempo em que o crescente volume de estudos sobre comunicações, não contribuiu grandemente para melhor a comunicação, porque provavelmente as suposições básicas não foram válidas.
O Novo Papel do Empreendedor frente à inovação tecnológica nos leva a afirmar que:
a) As grandes tarefas da sociedade são cumpridas por instituições organizadas e administradas. A administração não é, pois uma instituição única, peculiar e isolada, mas sim a função social central e genérica da sociedade.
b) Porque nossa sociedade está se tornando uma "sociedade de organizações", todas as instituições inclusive as empresas devem sentir-se responsáveis em melhorar a "qualidade de vida". Melhorar a qualidade de vida deve ser considerado uma oportunidade e transformado num negócio lucrativo.
c) Inovar deve ser considerado tão importante como administrar o que já existe e talvez, até mais importante nos próximos anos. Inovar não pode ser considerado um comportamento externo ou periférico da administração.
d) Mais do que fazer o operário tornar-se produtivo, a grande tarefa de nossa época é tornar o conhecimento produtivo. "O grande recurso capital básico, investimento fundamental, mas também o centro de custo de uma economia desenvolvida é o "trabalhador do conhecimento", que põe em ação o que aprendeu na educação sistemática, isto é, conceitos, idéias e teorias, muito mais do que o homem, que põe em ação a destreza e os músculos"
e) Além de ser ferramenta, técnica, conceito princípios e disciplina, a administração é uma cultura e um sistema de valor. A administração pode ser considerada uma ponte entre a civilização, que está se tornando universal, e uma cultura que exprime tradições, crenças e heranças divergentes. A administração é o instrumento através do qual a diversidade cultural pode servir a propósitos comuns da humanidade.
f) O desenvolvimento é o resultado da administração e não o contrário. Talvez com excessiva simplificação se possa dizer que não há "países subdesenvolvidos" mas sim "países sub-administrados".
È importante destacar algumas das mudanças que a tecnologia produziu na sociedade do século vinte:
a) Emancipação feminina. "A máquina de escrever e o telefone permitiram que a filha de uma família decente saísse de casa e levasse uma vida respeitável, independente do marido ou do pai. A necessidade de mulheres, para operar máquinas e estações telefônicas, forçou mesmo os mais relutantes governos europeus a prover educação secundária pública para meninas, o que foi o maior isolado, para conceder igualdade às mulheres"
b) Organização do trabalho. A obra do movimento de Administração Científica de Taylor, baseou-se na suposição de que a produtividade era conseguida muito mais pela organização do conhecimento, do que pelo trabalho manual. Como conseqüência, a sociedade teve de criar novas formas de profissão e estudo para preparar pessoas para a organização industrial.
c) O papel da educação. A instrução foi, no passado, um luxo que apenas a uma classe interessava; apenas um punhado de pessoas (ministros, advogados, doutores, mercadores e alguns funcionários do governo) precisava ler e escrever. A educação deixou de ser apenas um ornamento, um luxo, para ser o recurso econômico central da sociedade tecnológica
O horizonte humano mudou com a tecnologia. Se, para os antigos, esse horizonte era fixado em função de quanto um homem podia caminhar ou cavalgar, o horizonte de hoje é fixado pelas telecomunicações e vôos a jato. O mundo tornou-se uma comunidade local "não é acidental que os jovens, de todo o mundo sonhem com um carro; a mobilidade em quatro rodas é o símbolo da libertação da autoridade tradicional".
Por outro lado, o rádio, a televisão, cinema e as redes de comunicações via computadores dão a cada um a experiência imediata do mundo. Simplificando um tanto, pode-se dizer que os críticos da tecnologia, representados pelo "Admirável Mundo Novo de Huxley, escrito em 1932, durante a Depressão e pelos Tempos Modernos de Chaplin, sofrem a desilusão romântica e de saudosismo pela sociedade pré-industrial. Repudiar a tecnologia não parece ser uma solução sensata. O homem precisa entendê-la, incorporá-la, dominá-la, para os seus fins.
Empreender significa usar todas as ferramentas da moderna ciência da administração, da planificação de uma estratégia até a descrição de como executar as diversas tarefas de um empreendedor.
Assim, é possível rever, entre o copioso conjunto de conceitos, a configuração de idéias antigas como a de que "uma empresa é criada e dirigida por pessoas e não por forças" ou que "o lucro não é a causa e sim o resultado de um negócio", ou ainda que o "o propósito de qualquer negócio é criar um cliente, e, sendo assim, a empresa tem duas funções básicas: o marketing e a inovação".
Mas, também, é possível tomar contato com recentes estudos sobre a alta administração, diversificação e companhias multinacionais.
Uma das funções do empreendedor é integrar o presente e o futuro. Ele deve deixar lado de ontem e criar o amanhã".
"A estrutura mais simples é a melhor. Quanto mais simples for a estrutura de uma empresa, menor será o perigo de se cometerem erros.
A organização é um meio de atingir um fim do que um fim em si mesmo. O que determina a boa saúde de uma organização não é a sua beleza ou perfeição. É a performance do seu pessoal".
Quase todos os livros sobre "empreendedorismo, administração, destacam a necessidade de inovar. Mas, além disto, os livros, em regra, dão pouca atenção ao que o "empreendedor" deve fazer para estimular a inovação e torná-la efetiva.
Em muitos debates o que se destaca quase exclusivamente é a função administrativa do "empreendedor", isto é, manter os negócios em funcionamento e melhorar o que já é conhecido e está sendo realizado. Normalmente negligencia-se a função empresarial de criar efetiva e deliberadamente o novo e diferente.
Mas ao negligenciarem sobre o aspecto inovador do "empreendedor", os livros apenas espelham a realidade da vida empresarial. Todo "empreendedor" acentua a necessidade de inovar. Mas poucos, nos grandes como nos pequenos negócios, organizam a inovação como uma tarefa distinta e principal.
No passado houve boas razões para que a ênfase na função administrativa colocasse a inovação em plano secundário. Quando o "empreendedor" começou a despertar interesse nos primeiros anos deste século, a necessidade maior era aprender a estruturar a administrar as grandes organizações que subitamente surgiam
A inovação, na medida em que recebia atenção, era tida como uma atividade separada, um trabalho exercido pelo indivíduo, pelo "inovador".
Agora a necessidade de inovação social e política estão se tornando de novo urgente. A moderna metrópole precisa de novas formas de governo. O relacionamento entre o homem e o seu meio tem que ser repensado e reestruturado.
Nenhum governo moderno pode afirmar que ainda governa efetivamente. A crise do mundo é, acima de tudo, uma crise institucional que exige inovação institucional.
A empresa, sua estrutura e organização, a maneira como ela integra o saber no trabalho e este no desempenho, sua integração com a sociedade e o governo são também áreas onde a inovação se faz necessária e oportuna.
É certo que estamos diante da necessidade na esfera econômica e social de um novo período de atividade inovadora como o que marcou a segunda metade do século dezenove.
Mas a inovação agora terá que ser implantada nas organizações existentes. Grandes empresas privadas - e igualmente grandes instituições de serviço público - terão que se tornarem cada vez mais capazes de se organizar tanto para a inovação como para a administração.
Como a inovação cria mais riqueza ou novo potencial de ação do que novos conhecimentos, o grosso dos esforços inovadores terá que vir dos setores que controlam a mão-de-obra e o dinheiro necessário para desenvolvimento e marketing - isto é, dos setores privado e público.
Isto não quer dizer que as empresas pequenas, ou mesmo o indivíduo que dirige o seu próprio negócio, não continuem a desempenhar um importante papel. Nada é mais longe da verdade do que o velho mito dos populistas de que o pequeno empreendedor está sendo expulso do mercado pelos gigantes.
As empresas que se desenvolveram nos últimos 25 anos todas começaram como pequenos negócios. E de modo geral as pequenas empresas têm obtido melhores resultados do que o de porte gigantesco. No entanto, estas estão dependentes de empreendedores, com espírito empreendedor - homens de iniciativa.

domingo, 15 de maio de 2011

FOCALIZANDO AS OPORTUNIDADES - CONTRIBUTO DE PETER DRUCKER

Para tornar eficaz seu negócio, o empreendedor dispõe de três métodos bem experimentados e comprovados:
1. Pode começar com um modelo do “negócio ideal”, que produziria resultados máximos em conseqüência dos mercados e conhecimentos disponíveis - ou pelo menos aqueles resultados que, em longo prazo, ofereçam maiores possibilidades de êxito.
2. Pode tentar maximizar as oportunidades, focalizando os recursos disponíveis nas possibilidades mais atraentes e dedicar-se a elas obter os melhores resultados.
3. Pode maximizar os recursos para que sejam encontradas - ou criadas - aquelas oportunidades que lhes forneçam o maior o impacto possível.
Na busca de novas oportunidades toda empresa deve estar aberta para o futuro. Sabem-se duas coisas sobre o futuro: que não pode ser conhecido e que será diferente de hoje. Analisar o futuro significa estudar os eventos significativos de hoje quanto ao seu impacto no amanhã.
Os grandes eventos têm sempre um espaço de tempo entre si e seu impacto, nas pessoas e nas idéias. Duas fontes importantes de investigação são, sem dúvida, a população (as maiores mudanças de mercado foram criadas pelas mudanças de população) e o tempo de lazer que leva à procura de novos bens e conhecimentos. O empreendedor pode-se pergunta:
a) Aconteceu alguma coisa que poderá estabelecer uma nova realidade para a indústria, o país, o mercado?
b) Está acontecendo alguma coisa na estrutura de uma indústria que indica uma mudança maior?
c) Quais são nossas suposições básicas sobre a sociedade e a economia, o mercado e o consumidor, o conhecimento e a tecnologia?
d) Elas ainda são válidas?
Pelo que se pode perceber, "Managing for Results", é uma contribuição acerca das questões mercadológicas de Peter Drucker ao empreendedor, onde autor basicamente terce comentários sobre a maximização de oportunidades do que na solução de problemas. Este livro está mais voltado para as perspectivas do futuro. O futuro não será feito amanhã. Está sendo construindo hoje em grande parte decisões e ações tomadas com respeito às tarefas de hoje.
Em The Effective Executive, Peter Drucker pretende fazer uma continuação de "Managing for Results", focalizando, tão perto como nunca foi a eficácia dos empreendedores, propiciando a oportunidade de se ir mais além desta leitura, afirmando, que suas proposições podem ser vistas sobre outra ótica - a da capacidade dos empreendedores, traduzida na eficácia da gestão de seus empreendimentos. Drucker oferece ao empreendedor conceitos muitos práticos e operacionais, os quais, ao mesmo tempo estão em perfeito acordo com sua filosofia da administração
Drucker observa que é comum encontrar-se empreendedores, de boa inteligência, sólidos conhecimento do ramo de negócio no qual deseja empreender, pessoas brilhantes e imaginativas.
No entanto poucos desses empreendedores são eficazes. Confundem-se inteligência e eficácia, quando se conhece muito empreendedor com a primeira qualidade e sem a segunda.
O mesmo se pode dizer das outras qualidades acima apontadas. São muitos os empreendedores bem dotados de conhecimentos técnicos do negócio, mas ineficazes na condução da parte gerencial do empreendimento
Pode-se constatar, com base nas reflexões de Drucker, "o que os empreendedores eficazes fazem, que nós não fazemos, e o que eles não fazem, que nós tendemos a fazer". O livro gira em torno da idéia central que é a eficácia é um hábito, não uma qualidade herdada naturalmente. A eficácia pode ser aprendida.
O que se exige de um trabalhador subalterno é que faça bem o que deve fazer, enquanto o empreendedor deve fazer certas as coisas certas. Grande parte da eficácia não é representada pelo próprio desempenho dos atos, pela escolha do alvo certo onde concentrar suas energias.
Nada mais triste do que observar um departamento de pesquisa e desenvolvimento inteiro desperdiçar seu talento num projeto errado.
Outro aspecto da eficácia é olhar para fora da empresa: "Todo o empreendedor, seja sua organização uma empresa comercial, industrial ou de serviços, vê o interior - a organização - como a realidade próxima e imediata,
Ele vê o exterior somente através de lentes espessas e destorcidas. O que acontece fora não é nem mesmo conhecido em primeira mão. É recebido por um filtro de relatórios, isto, numa forma pré-digerida e altamente abstrata que impõe critérios organizacionais de relevância à realidade externa".
Como se sabe, "não há resultados dentro da organização. Todos os resultados estão fora. Os únicos resultados do negócio são produzidos por um consumidor que converte os custos e esforços do negócio em dividendos e lucros".
A grande questão é que os eventos externos importantes e relevantes são freqüentemente qualitativos e não são passíveis de serem quantificados. E muitos de nossos empreendedores estão cada vez mais dominados pelo ópio intelectual da estatística a ponto de não serem capazes de enxergar nada além das tendências estatisticamente demonstradas.
Os verdadeiros eventos externos não são tendências, são mudanças nas tendências. Algumas decisões que dependem da estatística são tardias.
AS REALIDADES DO EMPREENDEDOR
Numa empresa, o empreendedor deve encarar quatro realidades principais sobre as quais não tem essencialmente nenhum controle:
1. Seu tempo, na aparência, a pertence a um grande número de pessoas. Praticamente todo mundo pode, pode pessoalmente ou por telefone, intrometer-se no tempo de que um empreendedor dispõe. Na verdade, os empreendedores podem ser definidos como pessoas que, normalmente não dispõem de tempo para si próprias;
2. Os empreendedores são obrigados a se manterem em atividade, a não ser que façam algo de positivo para alterar a realidade em que vivem e trabalham.
Se o empreendedor deixar os acontecimentos determinarem o que ele deve fazer, qual trabalho executar ou o que levar a sério, estará longe de atuar eficazmente. Pode tratar-se de uma excelente pessoa, mas estará seguramente desperdiçando seus conhecimentos e capacidade, e jogando fora a eficácia que poderia conseguir.
O empreendedor precisa é de critério, que lhe permitirá trabalhar no que é verdadeiramente importante, isto é, em contribuições e resultados.
3. O empreendedor pertence a uma organização e isso significa que ele só e eficaz se e quando outras puderem servir-se de sua contribuição.
4. Os empreendedores são parte de uma organização. Cada um deles em sua organização vê essa entidade como uma realidade próxima e imediata. Muitas das vezes ele não sabe o que se passa fora dela, a não ser em segunda mão. Neste intervalo, o que acontece em seu interior pode ser resumido em esforço e custo.
A organização é um artifício social, um órgão da sociedade, e se justifica pela contribuição que presta ao mundo exterior.Quanto maior e bem-sucedida for uma organização, tanto mais os acontecimentos internos, tantos mais os acontecimentos internos tendem a engajar o interesses, as energias e a capacidade do empreendedor.
Um risco, especialmente nesta era de tecnologia da informática, é excluir os acontecimentos externos do interesses do empreendedores. Deve-se lembrar que o computador só utiliza dados quantitativos - e só pode quantificar o que se passa dentro da organização. Já os acontecimentos externos raramente são disponóveis em forma quantitativa, e sim qualitativa. E quem pode selecioná-los é o empreendedor.
TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DO EMPREENDEDOR EFICAZ
A eficácia empreendedora não é igual à eficácia comum dos empregados. Não sendo eficácia empreendedora uma aptidão ela é um hábito a ser adquirido. Quais são as práticas que levam à aquisição deste hábito? O Modelo de Drucker desenvolve-se na resposta a essa pergunta. Cinco são os princípios gerais da eficácia: a) Saber onde gastar o próprio tempo; b) Concentrar esforços em resultados mais do que em trabalho; c) Basear-se nas qualidades pessoais mais fortes; d) Concentra-se nas tarefas-chave; e e) Tomar decisões efetivas