sábado, 13 de novembro de 2010

CARACTERÍSTICAS DAS NOVAS EMPRESAS


A mudança no cenário dos negócios do futuro será a crescente importância de empresas de dimensões micro, pequenas e médias altamente focalizadas, e a rápida redução da importância e da lucratividade das grandes empresas.

A Fórmula da Empresa da Nova Era é :

> aprendizagem permanente: as organizações aprendem com os concorrentes, fornecedores, clientes, etc. Usam o Benchmarking (imitar iniciativas bem - sucedidas das empresas líderes) como ferramenta no processo de crescimento, são inovadoras;

> competitividade global: é a capacidade de competir, em qualquer mercado. A qualidade dos produtos e serviços, o atendimento e a produtividade tornam as empresas competitivas nos mercados internacionais, estão em sintonia com o que ocorre no ambiente;

> qualidade total: voltada para a satisfação de seus clientes, a empresa de sucesso gerencia seus negócios pela voz do cliente. Necessidades, requisitos e expectativas dos consumidores são os combustíveis de suas transformações;

> pioneirismo: a empresa deve estar apta a modificar os padrões de desempenho e estabelecer uma mentalidade pioneira. A prioridade é chegar antes dos concorrentes para sobreviver às mudanças no mundo dos negócios;

> velocidade: rapidez é um diferencial competitivo. Entregar o pedido antes da concorrência, solucionar imediatamente um problema detectado pelos clientes e reduzir o tempo de fabricação dos produtos/ serviços, é essencial, é ágil na utilização dos instrumentos do marketing;

> tecnologia: a tecnologia é amplamente utilizada e permite a personalização da produção; a automação dos processos e de atendimento aos clientes, além de diminuir o tempo de fabricação e de entrega dos pedidos;

> adaptabilidade: orienta as mudanças pelas necessidades de seus clientes e de outras organizações, com as quais mantém relações. Os colaboradores abandonam práticas obsoletas;

> tamanho reduzido: as pequenas empresas adaptam-se às mudanças porque são mais ágeis e flexíveis. Organizações burocráticas não têm jogo de cintura necessário, em tempo de mudanças aceleradas;

> excelência: o padrão de desempenho da empresa é a excelência. Procura ser, no mínimo, igual à melhor. Não se contenta com o possível, mas com o desejável;

> ética: tem compromissos em relação à preservação ambiental, compete, de forma leal, e honra compromissos financeiros com clientes, fornecedores, trabalhadores, mantendo em dia suas obrigações fiscais.

A gestão de um empreendimento desta natureza exige o seguinte perfil do empreendedor:

> capacidade de assumir riscos: é a disposição de enfrentar desafios, de abandonar a vida
relativamente segura de assalariado para experimentar os limites de sua capacidade, em
negócio próprio. Saber enfrentar riscos é a característica número um do empreendedor.
Depois de instalada a empresa, é preciso renovar os produtos e serviços. O avanço tecnológico,
modismos, costumes e o comportamento mudam tudo isso e afectam o seu negócio. É preciso
arriscar no futuro para não ficar defasado. As recompensas estão associadas aos maiores
riscos, que, bem dosados, garantem sucesso ao empreendimento;

> sentido de oportunidade: enxergar oportunidades onde outros só vêem ameaças, eis a chave da questão. Identificar tendências, necessidades atuais e futuras dos clientes. Chegar na frente com produtos e serviços novos ou diferenciados. Para isso, é necessário estar permanentemente ligado ao que acontece em sua volta, na sociedade, nos meios de comunicação, no sector onde a empresa opera. Há décadas, os ecologistas eram vistos como seres lunáticos. Hoje, a ecologia é marketing para qualquer negócio;

> liderança: capacidade de induzir pessoas, de usar o poder de influência para solucionar problemas. Delegar responsabilidade, valorizar o empregado, formar uma cultura na empresa, para alcançar o objectivo principal - a satisfação dos clientes. Flexibilidade, velocidade e competência. Outros valores devem ser cultivados e introduzidos na organização. As armas de sua administração são a liderança e a participação. O dirigente deve ser um líder, alguém em quem todos confiam;

> jogo de cintura: ser flexível. Ter capacidade de reconhecer o que é melhor e, se for preciso, mudar tudo em busca da excelência. De produtos e serviços, processos, métodos de trabalho e políticas empresariais. O necessário para ajustar a organização às expectativas dos clientes. O empreendedor deve entender o conceito de parceria nos negócios. Ganhar à custa de outros, é uma postura predatória. Reduz a possibilidade de que outros bons negócios aconteçam e traz o isolamento. O mesmo pode acontecer em negociações desastradas com empregados. Conceder aqui para conquistar ali é ter jogo de cintura. No processo de negociação, todos devem ganhar...!;

> persistência: definir e manter o direccionamento de suas energias rumo a uma visão de sucesso. O caminho de um empreendedor até a estabilidade pode ser longo e difícil. Muitas vezes, pode ocorrer a vontade de desistir. Para que isso não ocorra, sua visão do futuro deve ser ambiciosa. Não se contentar com o possível, mas com o desejável. Entretanto, é necessário estabelecer caminhos seguros que o levem a tornar os sonhos realidades. Manter o rumo, é saber para onde se vai e como chegar lá;

> visão global da organização: ver a organização como processo de satisfação das necessidades do cliente, em permanente interacção com o meio onde atua. Para atender bem aos clientes externos, é necessário que os clientes internos, empregados e colaboradores, estejam satisfeitos. A visão global requer perfeito entrosamento com fornecedores e uma política de boa vizinhança com a comunidade;

> atualização: aprender tudo o que for relacionado com o seu negócio, clientes, fornecedores, parceiros, concorrentes e colaboradores. Uma descoberta abre caminho para tantas outras e a consequência é o aperfeiçoamento. A observação do comportamento das pessoas, do que as preocupa, nos ensina muito. A convivência com outros empreendedores, o relato de suas experiências e opiniões, tudo isso importa;

> organização: ter sentido de organização é compreender que só se obtêm resultados positivos com aplicação dos recursos disponíveis de forma lógica, racional e organizada. Definir as metas, garantir a execução conforme o planeado e corrigir os erros de forma rápida é essencial para se obter o sucesso desejado. Os princípios da Qualidade Total, sistemas organizacionais modernos, reengenharia, são assuntos que devem ser conhecidos e, principalmente, praticados;

> inovação: cultivar ideias novas, algumas em fase de estudo, outras em via de execução, é fundamental para o empreendedor de sucesso. O mais importante é transformar as ideias consideradas viáveis em fatos concretos e dinâmicos, que possam garantir a permanente evolução da organização. O espírito empreendedor surge como necessidade imperativa para que a organização sobreviva aos novos tempos;

> disposição de trabalho: ter sucesso na actividade empresarial significa se envolver com a organização em todos os sentidos, da forma mais completa possível, desde a fase da sua criação. Não basta simplesmente ser o dono. É preciso dedicação total. Brincar de ser empreendedor pode custar muito caro. Ser empreendedor é aceitar que o negócio faz parte de sua vida, que é um projecto a realizar.

Abrir um negócio já passou, certamente, pela cabeça de boa parte das pessoas no mundo inteiro. As tendências económicas apontam para a terceirização e expansão do sector de serviços. Motivos suficientes para a proliferação das micro, pequenas e médias empresas.

As dificuldades que as micro, pequenas e médias empresas enfrentam para sobreviver são:

> modelo económico: ao contrário das grandes empresas, as (micro, pequenas e médias) têm menor influência na formulação do modelo económico do país. Dificilmente os dirigentes consultam os pequenos empreendedores, quando traçam programas de governo. Geralmente os técnicos migram das grandes empresas privadas e carregam os paradigmas adquiridos;

> oligopólios: grandes sectores da economia nacional são oligopolizados. Três ou quatro grandes empresas dividem o mercado entre si, dominam a melhor fatia, e deixam às organizações de menor porte o que a elas não interessa - o que pode representar oportunidades para que as pequenas empresas possam actuar num determinado nicho de mercado;

> individualismo: o pequeno empreendedor é resistente à ideia de sociedade, como forma jurídica de se constituir uma empresa, o que seria uma forma de fortalecer a organização, em termos de capital, de gestão ou em capacidade técnica. Repartir o poder quase sempre se torna complicado. Quando existe a sociedade, é comum se ver um sócio dominar o outro, acumular capital para comprar a outra parte;

> dependência: a baixa disponibilidade de recursos pode prejudicar as relações comerciais com as grandes empresas. Se não houver visão de parceria, as micro, pequenas e médias empresas perdem capital para as grandes, quer nas transações de compra (por conta de volumes reduzidos, prazos de pagamentos etc.), quer nas vendas, quando grandes quantidades são pedidas a baixo custo unitário;

> marginalização: em decorrência da menor representatividade, as micro, pequenas e médias empresas têm muita dificuldade de se enquadrar nos modelos de desenvolvimento criados, mais voltados para as grandes empresas. Uma vez por outra, os governos criam mecanismos de apoio às micro, pequenas e médias empresas, com o intuito de não permitir o desaparecimento das micro e pequenas organizações;

> isolamento: enquanto grandes empreendedores trabalham de mãos dadas, os pequenos vêem os concorrentes apenas como ameaças, jamais como oportunidades. Esta visão ultrapassada dificulta as associações das pequenas empresas com as organizações similares, não sabendo tirar proveito do fenómeno da cooperação e alianças estratégicas;

> centralização: desprovido de eficientes instrumentos de controlo, o empreendedor assume postura de desconfiança e medo. Acha que pode estar sendo enganado pelos empregados. O clima criado impede a participação, a iniciativa e a divisão de responsabilidade entre os funcionários. O empreendedor se torna refém dos subordinados e a tendência é a perda da qualidade;

> capitalização: outra grande dificuldade é a escassez de capital nas micro, pequenas e médias empresas, pela falta de financiamento. O pequeno empreendedor tem garantido apenas seu capital, normalmente acumulado em anos de poupança, indemnizações trabalhistas, heranças ou outras formas de ganho esporádico. Modernizar e desenvolver torna-se um grande desafio.


Um comentário:

  1. Emanuel, e o que me diz a respeito das médias empresas que optam pela inovação tecnologica como ferramenta para auxiliar no crescimento, isso existe? E suas compras, no que se refere a aquisição de computadores, softwares, hardwares, são online ou a preferência é ainda a compra pessoal/telefone?

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